Luanda – O anúncio do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários em disponibilizar 3,8 milhões de euros para assistência às vítimas do ciclone Chido em Moçambique, onde matou pelo menos 34 pessoas, constituiu um dos assuntos de destaque do noticiário africano da ANGOP durante a semana que hoje finda.
O coordenador da ajuda de emergência atribuiu quatro milhões de dólares a Moçambique para apoiar a resposta humanitária rápida", para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) de actualização de dados do impacto do ciclone Chido em Moçambique.
Ainda sobre Moçambique, a Comissão Europeia aprovou uma nova ajuda de emergência no valor de 900 mil euros e vai também enviar 60 toneladas de materiais, na sequência da devastação causada pelo ciclone Chido.
Os 900 mil euros de ajuda humanitária de emergência às comunidades afectadas, serão aplicados com especial incidência em abrigos, acesso a água potável e a cuidados de saúde, detalhou a Comissão.
Mereceu também realce no período de 15 a 21 o anúncio dos cem casos de mortes registadas na República Democrática do Congo (RDC) por Varíola dos Macacos.
Nos últimos sete dias, foi noticiado que 150 mil crianças se encontram fora do sistema escolar na Guiné-Bissau, desde o pré-escolar até ao 12.º ano, devido à falta de professores.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), Domingos de Carvalho, a situação afecta as escolas públicas, "em todas as regiões" da Guiné-Bissau.
Ainda na mesma semana, a Comunidade Económica e Monetária da África Central (Cemac) realizou uma cimeira extraordinária em Yaoundé, capital dos Camarões, para promover um debate governamental sobre os problemas da região.
As deliberações decorreram na Sala de Conferências do Palácio da Unidade em Yaoundé e foram lideradas pelo Presidente anfitrião, Paul Biya.
O chefe de Estado camaronês considerou o cenário preocupante e exige medidas urgentes para inverter a tendência e proteger as nações centro-africanas de uma possível crise económica e financeira.
Um outro assunto que marcou a semana foram as declarações do presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, segundo as quais o seu país "espera muito" cooperar com o Cazaquistão, na exploração de recursos naturais, potencial económico e formação profissional de quadros guineenses.
Umaro Sissoco Embaló, que realizava uma visita oficial de três dias ao Cazaquistão, reuniu-se com o presidente daquele país asiático, Kassym-Jomart Tokayev.
A informação sobre a África do Sul e Moçambique concordarem em melhorar, através de canais diplomáticos, os níveis de cooperação bilateral para minimizar perturbações no comércio e nas cadeias de abastecimento, foi outro assunto que marcou igualmente o noticiário africano.
A informação foi prestada na província de Mpumalanga, durante uma conferência de imprensa conjunta entre o ministro sul-africano das Relações Internacionais e Cooperação, Ronald Lamola, e o seu homólogo moçambicano, Pascoal Ronda. AM/CS