Resenha Africana da Semana

     África              
  • Luanda • Sábado, 14 Setembro de 2024 | 08h23
Mapa de África
Mapa de África
Braúlio Pedro - Angop

Luanda – O lançamento, em Adis Abeba (Etiópia), do plano de resposta à Varíola dos Macacos em África, para um período de seis meses (entre Setembro de 2024 e Fevereiro de 2025), constituiu um dos assuntos de destaque do noticiário africano da ANGOP durante a semana que hoje termina.

O programa prevê um orçamento de 600 milhões de dólares (1 dólar equivale a Kz 928,00), dos quais 55 por cento serão atribuídos à resposta e preparação em 28 países e 45 por cento ao apoio operacional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, 14 estados-membros da União Africana notificaram 24.851 casos da doença e 643 mortes desde o início de 2024, o que representa 5.466 novos casos e 26 novas mortes na última semana.

O plano de resposta continental centra-se na coordenação, vigilância, vacinação e investigação como pilares básicos, e estabelece a classificação dos Estados-Membros em quatro grupos com base no risco, a fim de garantir o direccionamento dos esforços e a afectação eficaz de recursos.

A propagação da doença fez com que a Varíola dos Macacos fosse declarada uma emergência médica de importância continental desde o passado dia 13 de Agosto, e mecanismos como o Centro de Operações de Emergência de Saúde Pública (PHEOC) em Adis Abeba foram activados para acompanhar os casos 24 horas por dia.

Na semana que hoje finda, mereceu também destaque a notícia sobre a rejeição "na totalidade" do Governo sudanês de um recente relatório de peritos da ONU que apelava ao envio de uma força imparcial para proteger os civis no país.

Um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão a que a Lusa teve acesso, o executivo sudanês descreve o Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) como um "organismo político e ilegal". 

"O governo sudanês rejeita na totalidade as recomendações da missão da ONU", afirmou o ministério, descrevendo-as como uma "violação flagrante do seu mandato".

A guerra, que já fez dezenas de milhares de mortos, eclodiu em Abril de 2023 entre o exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhane e as forças paramilitares de apoio rápido, comandadas pelo seu antigo adjunto Mohamed Hamdane Daglo.

Também nos últimos sete dias, a ANGOP destacou a notícia que dá conta que o candidato presidencial, Ossufo Momade, líder da Renamo, vai recusar um novo acordo para a estabilidade do país, caso haja fraude nas eleições gerais de 09 de Outubro em Moçambique.

"Desta vez, se eles (Frente de Libertação de Moçambique, partido no poder) provocarem fraude, não vão fazer acordo comigo, terão que fazer acordo com a população moçambicana", afirmou Momade, citado pela Lusa.

O candidato presidencial da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) falava num comício inserido na campanha eleitoral, no distrito de Namuno, província de Cabo Delgado, norte do país.

Caso vença as eleições presidenciais, Ossufo Momade prometeu o fim da violência armada em Cabo Delgado, protagonizada por ataques de insurgentes, alguns reclamados pelo Estado Islâmico.

Outro destaque da semana foi a morte de pelo menos 52 pessoas na Nigéria na sequência de uma explosão provocada pela colisão de um camião-cisterna com um camião que transportava passageiros e gado.

Ibrahim Husseini, porta-voz da Agência de Gestão de Emergências do Estado do Níger (NSEMA), disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que as vítimas foram enterradas imediatamente após o acidente, como é costume neste Estado muçulmano no norte do país.

Os acidentes são frequentes nas estradas mal conservadas da Nigéria, na maioria devido ao excesso de velocidade e ao desrespeito pelas regras de trânsito.

Nos últimos sete dias, a ANGOP destacou também o anúncio feito pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de que não iria se recandidatar a um segundo mandato presidencial, mas advertiu que não será "substituído nem por Nuno Nabiam, nem por Braima Camará, nem por Domingos Simões Pereira".

"É uma decisão tomada ouvindo a opinião da minha mulher, que é a minha primeira família", declarou Umaro Sissoco Embaló à saída da reunião do Conselho de ministros por si presidida, citado pelo site Notícias ao Minuto.

Nuno Nabiam, ex-primeiro ministro, é o coordenador do Fórum da Salvação da Democracia (FSD), uma plataforma criada entre o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e a Aliança Kumba Lanta, integrada pelo Partido da Renovação Social (PRS) e pela Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

Braima Camará lidera o Madem G-15, fundado com Embaló, havendo outra ala, liderada por Satu Camará, considerada fiel ao Presidente da Guiné-Bissau.

Domingos Simões Pereira preside ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e presidia ao parlamento guineense dissolvido em Dezembro pelo Presidente, num processo controverso por acontecer antes de decorridos 12 meses após as eleições legislativas, o que contraria a Constituição.

O mandato de Sissoco Embaló termina em Fevereiro de 2025, mas o Presidente anunciou para o final desse ano as eleições presidenciais. MOY/JM





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