Resenha Africana da Semana

     África              
  • Luanda • Sábado, 07 Setembro de 2024 | 10h19
Mapa de África
Mapa de África
Divulgação

Luanda – O anúncio sobre o investimento em África de cerca de 45,8 mil milhões de dólares até 2027, período em que também serão criados um milhão de empregos ao nível do continente, constituiu um dos destaques do noticiário africano durante a semana que hoje finda.

A informação  foi avançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, durante abertura do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Beijing, que terminou na sexta-feira com a participação de 50 líderes de países africanos e o secretário-geral da ONU, o português António Guterres.

Xi Jinping anunciou também 30 projectos de infra-estruturas e renovou a promessa de aumentar as importações agrícolas de África, intenção que já tinha manifestado na edição anterior do FOCAC, em Dacar (Senegal), em 2021.

Outro assunto que marcou o noticiário africano da ANGOP  foi a chegada,  na quinta-feira, em Kinshasa,  República Democrática do Congo (RDC), das primeiras 100 mil vacinas contra a varíola dos Macacos (Mpox).

 As vacinas foram enviadas da Dinamarca e outra parte do volume de 200 mil doses deve chegar até o final da semana, segundo as autoridades locais.

Na RDC foram registados mais de 19 mil casos de Mpox e mais de 650 mortes, de acordo com os mais recentes números do Ministério da Saúde. Há casos registados também no Congo Brazaville, Uganda, Quénia, Burundi, Rwanda e Suécia.

Ainda na RDC,  a morte de 129 pessoas, durante uma tentativa de fuga de prisioneiros na prisão de Makala, em Kinshasa, constou também dos assuntos divulgados.

Dos falecidos, 24 foram por disparos de arma de fogo, enquanto os restantes  morreram devido a empurrões ou asfixia, segundo o ministro do Interior congolês na rede social X, Jacquemin Shabani, citada pela Lusa, que acrescentou a existência de 59 feridos.

E no Quénia,  pelo menos 17 estudantes morreram num incêndio que atingiu um  dormitório de um internato para crianças na região central do país, na madrugada de sexta-feira.

O incêndio ocorreu na Hillside Endarasha Academy em Nyeri, um internato primário para jovens estudantes, tendo a Citizen Television informado que o fogo deixou as vítimas de forma irreconhecível.

O porta-voz do governo Isaac Mwaura afirmou que os meninos cursavam da 4ª a 8ª série, o que indica que tinham entre 9 e 13 anos de idade. O dormitório acolhia 156 alunos, mas as causas do incêndio não foram esclarecidas. 

Ainda nos últimos sete dias  foi realizado o primeiro Fórum Urbano Africano,  em Adis Abeba  (Etiópia), com a participação de representantes de 47 países,  prefeitos de cidades do continente, líderes religiosos, académicos e outros convidados.

O evento, sob o tema “Urbanização sustentável para a transformação de África” e que terminou na sexta-feira, foi uma oportunidade para a capital Adis Abeba e outras cidades mostrarem as suas melhores experiências alinhadas com a visão transformadora da Agenda 2063 de África, além de abordarem questões relacionadas com as cidades do continente.

A semana ficou também marcada  pelo alerta sobre a crise alimentar histórica que afecta o Sudão, país atingido por uma guerra civil que dura 17 meses.  

Várias Organizações Não-Governamentais (ONG) alertaram para o facto do Sudão estar a sofrer "uma crise de fome de proporções históricas" e lamentaram o "silêncio estrondoso" da comunidade internacional após quase um ano e meio de guerra.

"Não podemos ser mais claros. O Sudão está a sofrer uma crise de fome de proporções históricas", afirmaram, em declaração conjunta, o Conselho Norueguês para os Refugiados, o Conselho Dinamarquês para os Refugiados e o Mercy Corps.

Outro assunto que mereceu destaque no noticiário africano foi o anúncio segundo o qual  cerca de 118 milhões de africanos extremamente pobres  estarão expostos a secas, inundações e calor extremo no continente até 2030, se não forem tomadas medidas adequadas, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O aumento da temperatura no continente africano é ligeiramente superior à média mundial e as alterações climáticas são um "fardo cada vez mais pesado em África", alertou a OMM no relatório "Estado do Clima em África 2023", divulgado em Abidjan, na Côte d’Ivoire, na 12.ª Conferência sobre Alterações Climáticas para o Desenvolvimento em África (CCDA), juntamente com a Comissão da União Africana, a Comissão Económica das Nações Unidas para África e a Conferência Ministerial Africana sobre Meteorologia.DSC/CS


 





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