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Rebeldes do M23 retiram suas forças da última cidade congolesa conquistada

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  • Luanda • Sábado, 22 Março de 2025 | 17h32
Bandeira da República Democrática do Congo
Bandeira da República Democrática do Congo
Divulgação

Kinshasa - A Aliança do Rio Congo (AFC, sigla em francês), que inclui o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23), anunciou hoje a retirada das suas forças da cidade de Walikale, na República Democrática do Congo (RDC), noticiou o site Notícias ao Minuto.

"Em conformidade com o cessar-fogo unilateral declarado em 22 de Fevereiro de 2025, e para apoiar as iniciativas de paz destinadas a promover condições propícias a um diálogo político para abordar as causas profundas do conflito no leste da RDC, o AFC-M23 decidiu deslocar as suas forças da cidade de Walikale (na província de Kivu do Norte) e arredores", anunciou o porta-voz do grupo rebelde, Lawrence Kanyuka, na rede social X.

"Apelamos aos habitantes de Walikale e aos seus líderes comunitários para que tomem as medidas necessárias para garantir a segurança e a protecção da população civil e dos seus bens durante esta transição", acrescentou Kanyuka.

O M23 assumiu o controlo de Walikale, o centro administrativo do território de Walikale e uma região rica em minerais, especialmente ouro, na quarta-feira à noite.

Walikale, que tem cerca de 15.000 habitantes, está situada a pouco mais de 120 quilómetros a noroeste de Goma, a capital do Kivu do Norte, que foi capturada pelo M23 em Janeiro.

O porta-voz dos rebeldes advertiu, no entanto, que "qualquer provocação ou novos ataques" do exército congolês e dos seus aliados "contra a população civil, incluindo as zonas libertadas" e as suas "posições, resultarão numa reversão automática desta decisão".

Kanyuka sublinhou que a AFC-M23 "continua empenhada" numa resolução pacífica do conflito e reiterou o seu compromisso de "proteger e defender a população civil, bem como as suas posições".

O M23, apoiado pelo Rwanda - segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) e países como os Estados Unidos da América, a Alemanha e a França - controla numerosos territórios no leste da RDC, incluindo as capitais das províncias do Kivu do Norte e do Sul, que fazem fronteira com o Rwanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

Desde a escalada do conflito em Janeiro, mais de 850.000 pessoas foram deslocadas só no Kivu do Sul, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Além disso, os combates que eclodiram em Goma e arredores fizeram mais de 8.500 mortos, segundo disse o ministro da Saúde Pública congolês, Samuel Roger Kamba, no final de Fevereiro.

O M23, um grupo constituído principalmente por tutsis vítimas do genocídio rwandês de 1994, retomou a actividade armada nesta província em Novembro de 2021 com ataques relâmpagos contra o exército congolês.

Desde então, tem avançado em várias frentes, fazendo temer uma possível guerra regional.

Desde 1998, o leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de paz da ONU (Monusco).CS





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