Kinshasa – Pelo menos 15 civis foram mortos na noite de Domingo,14, por presumíveis elementos do grupo rebelde Aliança das Forças Democráticas (ADF) no bairro de Mutilipi de Bulongo, província do Kivu-Norte, Leste da Republica Democrática do Congo (RDC), revelou um grupo de peritos da região.
Fontes locais confirmaram o ataque à AFP, acusando os combatentes muçulmanos ugandeses, instalados na RDC desde 1995.
O massacre suscitou manifestações dos jovens da localidade contra as autoridades governamentais, resultando na morte de um deles, indicou Jean-Paul Muhindo Katembo, “Infelizmente um jovem morreu a tiro e um outro ficou gravemente ferido”, disse.
O chefe da sociedade civil local, Kasali bin Kapepela, explicou que depois da incursão das ADF a meia noite, foram encontrados , 12 corpos (...) alguns dos quais decapitados, outros esventrados, dos quais quatro mulheres.
Apoiados pelo então regime de Mobutu contra os sucessivos presidentes ugandeses, depois do derrube de idi Amin Dada, as ADF já não atacam o Uganda, vivendo do trafico de mineiros na região de Beni.
Desde Novembro de 2014, aqueles homens armados matam regularmente civis em Beni e seus arredores. Desde 2019, o grupo associou-se ao Estado islâmico, que tem reivindicado diversos ataques na mesma região.
Dispersos por causa das operações militares lançados pelas forças armadas congolesas e pelos capacetes azuis, os rebeldes dividiram-se em diversos grupos móveis, segundo um recente relatório da ONU.
Por causa da sua perversidade na região o grupo foi incluído pelos Estados Unidos na lista dos grupos terroristas afiliados no EI.
Desde 2017, as ADF são apontadas como tendo já morto mil 219 civis no território de Beni, fazendo com que o mesmo seja considerado entre os mais mortíferos dos 122 que ainda operam no Leste da RDC.