Kinshasa - O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o mediador da Comunidade da África Oriental para o conflito com o Movimento 23 de Março (M23), avisaram hoje que "grupos estrangeiros que não se rendam" serão "expulsos à força".
Num comunicado divulgado pela Comunidade da África Oriental, na sequência de um encontro entre Tshisekedi e o ex-presidente queniano Uhuru Kenyatta, sublinha-se que ambos "reafirmam o compromisso de garantir que grupos armados estrangeiros que não se rendam voluntariamente e regressem aos seus países de origem sejam expulsos à força do território da República Democrática do Congo (RDC)".
Os dois pediram também a "todos os cidadãos da RDC" que "se juntem ao processo de Nairóbi, liderado pela Comunidade da África Oriental, para restaurar a paz e a segurança no leste da RDC e lançar as bases para uma prosperidade coletiva sustentável no país e em toda a região da África Oriental".
O comunicado foi divulgado no âmbito dos combates ocorridos nos últimos dias na província do Kivu do Norte (leste), que têm permitido o avanço do M23 no território de Nyiragongo, concretamente com a captura de Kibumba e Buhamba, segundo o portal de notícias Actualité.
Fontes médicas citadas por este portal de notícias da RDC afirmaram que "a maior parte das áreas habitadas" dessas cidades estão "nas mãos dos rebeldes".
"As Forças Armadas retiraram-se e os rebeldes estão numa colina da região de Ribiranga", especificaram.
O M23 é acusado desde Novembro de 2021 de realizar ataques contra posições do Exército da RDC em Kivu do Norte, sete anos depois dos rebeldes e o Governo terem alcançado uma trégua.
Peritos das Nações Unidas acusaram Uganda e Rwanda de apoiar os rebeldes, mas os dois países negam a acusação.
