Kinshasa - O Presidente queniano, William Ruto, afirmou hoje, em Kinshasa, que foi atribuído um mandato à força regional da África Oriental, destacada para o leste da República Democrática do Congo, para "impor a paz" a grupos armados recalcitrantes.
"Há muitas tropas de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas nesta região, mas "pensamos que não há muita paz a manter", disse aos repórteres após uma reunião com o seu homólogo congolês, Felix Tshisekedi.
"É por isso que é necessário ter um contingente de imposição da paz", acrescentou.
A Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) decidiu criar uma força regional para tentar levar a paz ao leste da República Democrática do Congo (RDCongo), que tem sido flagelada pela violência de múltiplos grupos armados há quase 30 anos.
A força regional da EAC ganhou impulso após um acordo alcançado por sete Estados-membros, embora a actual crise diplomática entre RDCongo e Ruanda - depois de Kinshasa acusar Kigali de apoiar os rebeldes -, tenha feito com que o Ruanda seja único país da região a não integrar a força da EAC.
Espera-se que o Quénia contribua com 900 soldados para a força, os primeiros dos quais já chegaram a Goma, a capital do Kivu do Norte, que está sob ameaça de uma ofensiva dos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23).
"Os chefes de Estado concordaram com o mandato desta força regional, que foi comunicado ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse William Ruto.
Este mandato serve para "assegurar a paz no leste da RDCongo e impor a paz àqueles que querem criar instabilidade e insegurança a todo o custo" na região, acrescentou.