Kinshasa - A República Democrática do Congo (RDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam hoje a cooperação contra a Varíola dos Macacos, doença que causou quase 1.400 mortes no país desde o início de 2024.
O ministro da Saúde da RDC, Roger Kamba, reuniu-se com o vice-director-geral e vice-director executivo do Programa de Emergências da OMS, Chikwe Ihekweazu, com quem discutiu a importância de uma abordagem global e coordenada.
Ambas as partes defenderam uma integração efectiva dos serviços de saúde, a participação activa das comunidades e a utilização de dados fiáveis e precisos, esta última uma questão fundamental que permitirá tomar decisões informadas e ajustar a resposta aos desafios colocados pela epidemia.
Kamba insistiu que a erradicação da Varíola dos Macacos requer esforços colectivos, sustentados e duradouros. “Devemos redobrar o nosso compromisso de proteger as nossas populações e prevenir futuros surtos”, escreveu o proprietário na sua conta na rede social X, citado pela Prensa Latina.
Na terceira semana de 2025 (13 a 18 de Janeiro), a RDC registou 888 casos suspeitos da doença e nenhum óbito.
Os números representam uma melhora em relação às semanas anteriores, quando foram identificados 2.318 casos suspeitos e 20 óbitos de 30 de dezembro de 2024 a 4 de janeiro de 2025; e três mil 71 suspeitos com 26 mortes de 6 a 11 de janeiro, informou o Ministério da Saúde.
A epidemia concentra-se principalmente nas províncias de Kivu Sul, Ubangi do Sul, Tshuapa, Tshopo, Sankuru, Kivu Norte, Bas Uele e Kinshasa, que registaram 88,5 por cento de pessoas com sintomas e 96 por cento de mortes.
O país concluiu a segunda fase da vacinação contra a Varíola dos Macacos nas províncias com excepção da cidade de Kinshasa, onde foram vacinadas 13.506 pessoas, das quais 13.116 com a primeira dose e 390 já receberam a segunda.
A campanha destinou-se a contactos de doentes e pessoal em risco, enquanto os menores de 18 anos aguardam autorização para uso temporário pela autoridade reguladora farmacêutica congolesa. JM