Kinshasa – A Republica Democrática do Congo (RDC) e o grupo DP Word dos Emiratos Árabes Unidos assinaram domingo, 12, em Kinshasa, o contrato de concessão, visando a construção do porto em águas profundas de Banana, fronteiriça com a província de Cabinda, noticia o jornal congolês online “7sur7.cd”, que cita a imprensa presidencial.
A cerimónia da assinatura do acordo foi presidida pelo chefe do Estado congolês, Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo.
O grupo DP Word, especializado na construção e gestão de portos inicia os trabalhos em Janeiro de 2022 com um contrato que preserva os interesses das duas partes, refere o jornal.
Do lado da RDC, o contrato foi assinado pelos ministros do Portfolio, Adèle Kayinda, das Finanças, Nicolas Kazadi, dos Transportes Chérubin Okende bem como o vice-ministro do Orçamento.
O grupo DP World, foi representado pelo Sultão Ahmed, presidente do grupo e por Suhail Al Banna, presidente do Conselho de Administração, na presença do Khalifa Shaheen Al Marar, ministro de Estado dos Emirados Árabes Unidos encarregue da cooperação.
“Especializado em construção, gestão e manutenção de grandes portos, o DP World tem no seu activo mais de 80 portos internacionais, uma perícia que o coloca no terceiro lugar no mundo”, sublinha a Presidência da RDC.
A convenção inicial assinada pelo governo de Joseph Kabila, em 2018, indicava que a construção das infra-estruturas portuárias deveria ser efectuada em quatro fases, a primeira representando um investimento de 539,5 milhões de dólares, e as três outras, respectivamente de 168 milhões, 236 milhões e de 226 milhões de dólares.
Na altura, para a RDC, objectivo era o de beneficiar de cinco cais de mil e 600 metros de cumprimento com um calado de 15,5 metros, de uma central eléctrica de 20 MW e de uma plataforma logística terrestre
Recorde-se que em Outubro ultimo, o Presidente Félix Tshisekedi efectuou uma visita de Estado aos Emirados Árabes Unidos onde arrecadou vários contratos de investimentos para a RDC.
Com a construção de um porto em águas profundas em Banana, extremo oeste da RDC, Kinshasa espera impor de forma perene a sua via logística na África Austral.