Indicado candidato da plataforma política União sagrada, Mbata que foi eleito por 402 votos a favor, do 439 deputados presentes, é tido como alguém pelo qual o Presidente Félix Tshisekedi vai reforçar o seu controlo da câmara baixa.
O acto acontece numa altura em que os deputados da coligação Frente Comum para o Congo (FCC) têm, nas últimas semanas, boicotado as sessões consagradas às negociações em torno da Lei eleitoral.
Kabund a Kabund que vinha cada vez mais a ser criticado pelos próximos do Presidente Tshisekedi, depois do seu desentendimento com a guarda presidencial, havia anunciado a sua demissão do cargo de primeiro vice-presidente da Assembleia nacional, em Janeiro último, tendo renunciado ao cargo a 31 de Março, evocando “ razões de convicções políticas”.
Se Kabund, que contribuiu largamente ao derrube do governo composto pela FCC de Joseph Kabila, jogava um papel central no seio do dispositivo parlamentar de Félix Tshisekedi, André Mbata é um frequentador do campo presidencial congolês.
Nativo do território de Dimbelenge (Kasaï Central), o deputado de 61 anos, eleito pela primeira vez em 2006 pelo partido RCD-Goma, é membro do grupo parlamentar da coligação entre a UDPS de Tshisekedi e a UNC de Vital Kamehere.
Doutor em direito, era, até a sua eleição ao actual cargo, responsável da Comissão politica e jurídica da Assembleia nacional, fazendo com que fosse frequentemente consultado dobre a maioria dos diferentes projectos-lei.
Em Maio de 2021, ele e outros deputados especialistas em direito foram mandatados pelo presidente da Assembleia nacional, Christophe Mboso, para avaliar a viabilidade da polémica “Lei Tshiani”, que prevê barrar o acesso à magistratura suprema aos cidadãos nascidos de pai e de mãe não congoleses.
Este ainda no centro da polémica em torno da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), quando dirigia a Comissão paritária mista encarregue de analisar as candidaturas, perante a oposição que contestava a escola de Denis Kadma para dirigir a instancia.