Maputo - Pelo menos 18 pessoas morreram desde Outubro devido a relâmpagos na província da Zambézia, no centro de Moçambique, disse esta terça-feira à Lusa fonte do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
"Infelizmente registamos 18 óbitos causados por descargas atmosféricas a nível da província, o que é uma grande preocupação tendo em conta que a época chuvosa só está a começar", disse Nelson Ludovico, delegado do INGD na Zambézia.
As mortes ocorreram em seis distritos da província, nomeadamente Ile, Lugela, Namacurra, Mocuba, Mopeia e Molumbo, avançou o delegado, referindo que estão a ser desenvolvidas campanhas de educação comunitária nas regiões.
O INGD manifestou ainda preocupação pelo facto de os relâmpagos serem o "principal evento que mais óbitos têm causado na província nos últimos anos".
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
Em Novembro deste ano, o INGD anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais (112 milhões de euros) para a época das chuvas 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afectadas.
Na época chuvosa 2020/2021, o país foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.