Nairobi - O Quénia anunciou hoje o seu apoio à candidatura do etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus à liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS), tornando-se o primeiro país africano a votar a favor.
O Quénia apoia a continuidade da liderança africana, exemplar, ao leme da crucial Organização Mundial de Saúde e trabalhará para este feito", disse no Twitter o primeiro secretário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Macharia Kamau.
O etíope de 56 anos parecia ser o único candidato a concorrer quando o processo encerrou às 16:00 GMT de quinta-feira - embora tal não tivesse sido confirmado oficialmente, refere a agência de notícias francesa, AFP.
Quase 24 de países da União Europeia, liderados pela França e Alemanha, apoiaram Tedros Adhanom Ghebreyesus, que dirige a OMS desde 2017.
Este apoio dos países europeus é uma surpresa, porque muitos observadores esperavam maior apoio dos países africanos à candidatura de Tedros Adhanom Ghebreyesus, mesmo que não o tivesse o do seu país, a Etiópia, que o critica por ter utilizado o fórum da OMS para condenar a repressão na sua região natal, Tigray, que está em conflito com o Governo daquele país.
Especialista em malária, licenciado em imunologia e doutorado em saúde comunitária, este ex-ministro da Saúde e chefe da diplomacia etíope tornou-se, em 2017, o primeiro africano a assumir o leme da poderosa agência da ONU, que tem estado na linha da frente desde o início da pandemia de covid-19.
Dentro de algumas semanas, a lista de candidatos será enviada aos Estados-membros da OMS, antes de ser tornada pública, em finais de Outubro ou princípios de novembro.
Os Estados-membros elegerão o próximo director-geral da OMS numa votação secreta em Maio, durante a Assembleia Mundial da Saúde. O mandato do director-geral terá início a 16 de Agosto de 2022.