Abuja - Os homens armados que raptaram quatro freiras no sudeste da Nigéria, no domingo, libertaram as religiosas na terça-feira, anunciou hoje a polícia nigeriana.
As quatro freiras, raptadas perto da cidade de Okigwe, no estado de Imo, foram libertadas na terça-feira, informou o porta-voz da polícia de Imo, Michael Abattam.
A mesma fonte acrescentou que as freiras estavam "ilesas" mas não esclareceu se foi pago um resgate pela sua libertação.
Os raptos são comuns no país mais populoso de África, atingido por uma grave crise económica e flagelado pela criminalidade generalizada.
Alguns reféns são mortos por grupos armados dedicados a estas práticas criminosas, mas a maioria é libertada após o pagamento de um resgate.
Nos últimos meses, o clero tem sido cada vez mais visado por criminosos, não por razões religiosas ou ideológicas, mas porque a Igreja é vista como tendo a capacidade de mobilizar os fiéis para pagarem resgates.
O sudeste da Nigéria está também a sofrer um recrudescimento da violência atribuída ao Movimento Independente para os Povos Indígenas do Biafra (Ipob).
O Ipob, que luta por um estado independente para o grupo étnico Igbo, tem negado repetidamente a responsabilidade pela violência na região.
A declaração de independência da República do Biafra conduziu a uma guerra civil de 30 meses entre 1967 e 1970.
Mais de um milhão de pessoas, principalmente da etnia Igbo, morreram nesse conflito, na sua maioria devido à fome e a doenças.