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Protestos em Marrocos contra subida de preços de bens essenciais

     África              
  • Luanda • Domingo, 09 Abril de 2023 | 09h27
Bandeira de Marrocos
Bandeira de Marrocos
Divulgação

Rabat - Centenas de marroquinos protestaram, no sábado, em várias cidades do país, contra o aumento dos preços dos bens essenciais e para denunciar a gestão do actual governo, noticiou o site Notícias ao Minuto.

"O povo quer que os preços baixem" e "porque somos pobres, porque somos governados por ladrões" foram alguns dos 'slogans' entoados por várias dezenas de manifestantes que se reuniram diante do Parlamento, em Rabat, no meio de uma discreta presença policial.


Em cartazes, podia ler-se: "o meu país tem costas, mas a sardinha é cara", "o meu país é agrícola, mas os legumes são caros para mim" ou "unidos contra o aumento dos preços".


'Slogans' semelhantes podiam ser ouvidos noutros protestos organizados em cidades como Kenitra, Salé, Marrakech, Larache, Tânger, Beni Melal, Juribga, Safi, Uchda, Nador e El Jadida, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.


Os protestos foram convocados pela Frente Social Marroquina, que integra organizações não-governamentais (ONG), como a Associação Marroquina dos Direitos Humanos (AMDH), sindicatos, como a Confederação Democrática do Trabalho (CDT), e partidos de extrema esquerda como a Via Democrática e a Federação da Esquerda Democrática (FDT).


De acordo com um comunicado da Frente, foram convocados protestos em 57 cidades.


Os preços dos bens de primeira necessidade subiram nos últimos meses, coincidindo com o mês de jejum muçulmano do Ramadão, quando o consumo sobe em flecha.


Recentemente, o Ministro da Agricultura marroquino, Mohamed Sadiki, atribuiu o aumento dos preços dos alimentos aos efeitos da seca e da inflação global dos preços das mercadorias devido à guerra na Ucrânia, e acrescentou que os preços vão descer nas próximas semanas.


No final de Fevereiro, a inflação em Marrocos situava-se em 10,1%, em comparação com o mesmo mês do ano passado, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos, que aumentaram 20,1% em termos anuais.

 





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