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Programa da agricultura de África Pós Malabo representa a reformulação das prioridades do continente

     África              
  • Luanda • Sábado, 26 Outubro de 2024 | 13h43

Adis Abeba - A comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko, reiterou, em Adis Abeba, a necessidade de manter os pontos fortes do programa compreensivo de desenvolvimento da agricultura do continente afim de responder, os choques económicos, questões emergentes das alterações climáticas, conflitos e das doenças das plantas e dos animais .

Josefa Sacko, que intervinha no seguimento Ministerail da sessão extraordinária do comité técnico especializado da Agricultura, desenvolvimento rural, água e ambiente (ARDWE) da UA disse que os sucessivos relatórios de revisão bienal indicam que o continente ainda não está no bom caminho para atingir os objectivos de Malabo 2025.

“Por exemplo, no quarto relatório de revisão bienal que foi adotado em Janeiro de 2024, os resultados revelam que nenhum país está no bom caminho, enquanto 26 países viram as suas pontuações melhorar desde o terceiro ciclo de revisão bienal”, frisou.

A diplomata reafiromu que em suma, apesar dos esforços feitos em muitos dos países para cumprir o objetivo sobre cidadãos saudáveis e bem nutridos, as metas do de desenvolvimento sustentável , bem como, no que refere de fome zero, e de acabar com a fome e todas as formas de malnutrição até 2025, o continente não está no bom caminho para alcançar nenhum destes.

Na sequência destes indicadores a 37ª Sessão Ordinária da Assembleia da UA, realizada em Fevereiro de 2024, reconheceu a importância de desenvolver o sucessor do plano de implementação do CAADP de 10 anos antes do termo da Declaração de Malabo em 2025, cujo processo adoptou uma abordagem de três fluxos de trabalho que incluiu consultas às partes interessadas, análise, conceção e mobilização política em todo o continente.

De acordo com a Comissária da agricultura , desenvolvimento rual, economia azul e ambiente sustentável, a agenda pós-Malabo representa a reformulação das prioridades de África, baseando-se ao mesmo tempo nos actuais pontos fortes e vai adaptar-se estrategicamente para fazer face aos desafios emergentes e alinhar-se com as tendências globais.

“ O CAADP  assenta  também na necessidade de enfrentar desafios persistentes, tarefas inacabadas para conseguir alcançar objetivos do anterior programa, e adaptar-se ao contexto global em mutação, ao alinhamento com a Agenda 2063 e ao aproveitamento de novas oportunidades para a transformação da agricultura e o crescimento inclusivo”, destacou .

Sublinhou que a estratégia e plano de ação decenal do CAADP visa o respectivo projeto de Declaração de Kampala sobre o avanço da transformação inclusiva dos sistemas agroalimentares de África para o crescimento económico sustentável e a prosperidade partilhada.

Notou que para enfrentar novos desafios vigemtes a 5.ª sessão ordinária do comite técnicoespecializado , solicitou à Comissão da UA que acelerasse a operacionalização da agência africana de segurança alimentar de forma a assegurar a responsabilidade de reforçar a capacidade, governação, coordenação e a harmonização dos sistemas de segurança de alimentos em África.

Josefa Sacko assegurou que a importância crítica da Agência para impulsionar várias prioridades do continente é fundamental para os regulamentos em matéria de segurança alimentar, apoio técnico para melhorar esta vertente com vista a apoiar a transformação agrícola, salvaguardar a saúde dos consumidores e facilitar o comércio nos Estados-Membros , incluindo a implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana.

Referiu que no contexto do processo de avaliação de mais instituições de centros de excelência (COE) , sigla em inglês , relacionadas com a pesca, aquicultura, conservação da biodiversidade aquática e gestão de ecossistemas, foram identificados seis novos adicionais que se juntam aos oito já existentes aprovados anteriormente.

“Espera-se que estes centros desenvolvam e reforcem as capacidades dos nossos Estados membros para levar a cabo investigação e formação de alta qualidade em disciplinas relevantes das pescas, aquacultura, conservação da biodiversidade aquática e gestão de ecossistemas”, reforçou a Comissária da UA.

Josefa Sacko, que termina o seu mandato junto da organização continental no inicio do ano de 2025, acredita que a dedicação e trabalho árduo que têm sido “ a pedra angular do sucesso , deixou os alicerces construídos que continuarão a promover o crescimento, a continuidade e a inovação nos próximos anos”, sublinhou. JM





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