Cidade do Cabo - O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse, nesta quarta-feira, que a África do Sul ainda enfrenta desafios concernentes ao racismo, apesar dos progressos feito na luta contra o flagelo.
- No seu discurso por ocasião ao Dia Nacional da Reconciliação, comemorado a 16 de Dezembro corrente, Ramaphosa evocou recentes confrontos raciais ocorridos no Parque Eldorado, perto de Joanesburgo (segunda cidade do país) e em Brackenfell, na periferia da cidade do Cabo, que, a seu ver, demonstram que "o estado das relações raciais na nossa nação continua frágil."
"Para muitos, a reconciliação é algo que ainda não vivenciaram", afirmou.
A seu ver, alguns dos maiores desafios que o país enfrenta são a pobreza e a desigualdade económica.
"Temos de nos perguntar o que cada um de nós pode fazer, o que podemos e devemos fazer para promover a justiça social, a solidariedade e os direitos humanos em todas as áreas das nossas vidas", disse o presidente sul-africano.
No entanto, frisou que a pandemia da covid-19 viu os Sul-africanos unirem-se para apoiar necessitados, com doações de alimentos.
"Este ano terá sido um dos maiores desafios que a nossa democracia enfrenta. A pandemia global trouxe grandes dificuldades e sofrimentos incalculáveis a muitos dos nossos cidadãos. Desde o advento da democracia em 1994, nunca estivemos tão unidos, unidos pela empatia, compaixão e humanidade partilhada", regozijou-se.
