Pretória (Da correspondente) - Matamela Cyril Ramaphosa, que prestou hoje juramento como Presidente da África do Sul, em acto realizado no Palácio Presidencial “Union Buildings”, na cidade de Pretória, apelou à união de todos os cidadãos, independentemente da sua cor, raça, religião ou afiliação política.
No seu primeiro discurso como sétimo líder da administração da África do Sul democrática, Ramaphosa apelou à união de todos, residentes e não residentes, de modo a se resgatar o país da actual situação de divisão.
“O país se encontra dividido, ao que apelo à união de todos os cidadãos a se sentirem parte integrante, independentemente da sua cor, raça, religião, afiliação política, ou outros”, frisou.
Nesta sétima administração sul-africana, Ramaphosa disse que ouvidas às críticas dos eleitores nos mais diferentes ramos (saneamento, desemprego, saúde e melhoria das condições de vida), vai, a partir de agora, arregaçar as mangas e dar a verdadeira essência do Governo de Unidade Nacional: trabalhar juntos para não se perder os feitos alcançados ao longo destas três décadas de democracia.
Sobre o programa do futuro Governo, o chefe de Estado alerta que como servidores públicos “devemos ser líderes exemplares, pondo de lado as animosidades e velar pelos interesses da nação”.
“Nenhum partido pode hoje fazer leis ou trabalhar sozinho”, disse, antes de acrescentar ser necessário combater a pobreza, a corrupção, o crime que grassa pelo país, manter a solidariedade e captar investimentos.
Ramaphosa mostrou-se estar bem informado sobre notícias “negativas” que podem levar a instabilidade entre homens e mulheres, ricos e pobres, os sem tecto, desempregados e pediu aos líderes partidários, que não sejam a chama que pode reacender conflitos internos.
Solicitou, a propósito, a bravura que é característica dos sul-africanos “a de rejeitarem toda e qualquer divisão, ou mesmo actos que colocam uns contra os outros, porque não terão sucesso. Esta é a hora de unir sinergias”.
A busca de soluções e uma nova década de liberdade são os passos assinalados pelo Presidente reeleito e que devem ser acrescidos aos 30, desde que o país virou as costas ao apartheid, então regime de segregação racial.
“Lutemos para trazer de volta o diálogo de todos os pontos do país, pois necessitamos da coesão nacional que tornará o nosso sonho real de uma a África do Sul melhor”, aconselhou. RB/JM