Abuja - O presidente do Ghana, John Mahama, disse na quinta-feira que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ainda se envolve com seus membros afastados, agora na Aliança dos Estados do Sahel (AES).

No entanto, afirmou que as negociações têm sido complicadas, acrescentando que o bloco “continuará a dialogar” com a AES.

Mahama revelou isso quando visitou o presidente nigeriano, Bola Tinubu, na Casa do Estado, em Abuja, para actualizá-lo sobre as negociações recentes com as juntas militares do Níger, Mali e Burkina Faso.

Segundo ele, essas visitas permitiram reunir questões preocupantes que precisavam ser mais discutidas.

“Como presidente da CEDEAO, é meu dever vir e informá-lo sobre algumas das preocupações levantadas para que possamos continuar a dialogar com esses outros países”, afirmou Mahama.

“É uma situação complicada, e não é tão fácil quanto pensamos. Precisamos apenas continuar a dialogar e ver como podemos continuar a dialogar juntos”, considerou.

Enquanto isso, o Presidente Tinubu reafirmou que o bem-estar de cidadãos inocentes deve permanecer no centro de todos os esforços regionais para reconstruir as relações com membros afastados da CEDEAO.

Tinubu, que actua como presidente da Autoridade de Chefes de Estado da CEDEAO, elogiou o papel de Mahama em preencher o que ele chamou de “lacuna crucial” entre o bloco e a AES.

Na 66ª Sessão Ordinária da Autoridade de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, em Dezembro passado, o bloco declarou um período de transição de seis meses, de 29 de Janeiro a 29 de Julho de 2025, após o qual adotaria o protocolo de retirada.

O bloco também estendeu os mandatos do presidente senegalês, Bassirou Faye, e de seu homólogo togolês, Faure Gnassingbé, que, desde Junho de 2024, lideravam os esforços de mediação da CEDEAO com os três estados que se retiraram.

Durante conversas com o presidente alemão, Frank–Walter Steinmeier, na State House em Dezembro passado, Tinubu disse que a Nigéria está aberta a buscar soluções diplomáticas para o impasse político no Níger, Mali e Burkina Faso, garantindo que cidadãos inocentes não sejam obrigados a suportar o peso das acções dos regimes militares.

Argumentou que, embora as juntas militares estivessem relutantes em esclarecer datas em seus programas de transição, a CEDEAO priorizará o interesse e o bem-estar dos cidadãos. ADR