Bunjumbura – O Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, condenou esta quarta-feira, 04, o “ataque terrorista” contra a base da Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS) controlada por soldados burundês.
É ainda desconhecido o balanço oficial do referido ataque
Segundo o Presidente Ndayishimiye, citado pela Agencia turca de noticias AA, na manha de terça-feira,03, grupos terroristas somalis atacaram uma base da União Africana controlada por militares burundeses, em El Baraf.
El Baraf esta situada a 150 quilómetros de Mogadíscio e é um cruzamento estratégico entre a Somália, na região do Médio –Shabelle, que os contingentes da UA tomaram em 2016, depois de ter estado durante muito tempo sob a administração do grupo al-Shababs.
A acção foi também condenada, através de um comunicado, pelo governo somali, que pediu ajuda internacional.
O president da Comissão da UA, além de também condenar o acto, apelou a comunidade internacional a “aumentar o seu apoio aos Serviços de segurança somalis e à ATMIS.
Com cinco mil homens, o Burundi é o segundo país com maior número de soldados na ATMIS, que conta com 20 mil soldados, Policiais e civis, todos idos de países africanos.
A Al-Shabab, que significa 'A Juventude' em árabe, é um grupo que surgiu como uma ala radical da hoje extinta União das Cortes Islâmica da Somália em 2006, enquanto combatia forças etíopes que invadiram o país para apoiar o fraco governo interino.
Nas áreas sobre seu controle, impôs uma versão rígida da sharia (lei islâmica), desde o apedrejamento até a morte das mulheres acusadas de adultério, passando pela amputação dos acusados de roubo.
Estima-se que, actualmente, o grupo tenha de 7 mil a 9 mil combatentes, incluindo estrangeiros.
O grupo defende a versão wahabista do islão, inspirada pela Arábia Saudita, enquanto a maioria dos somalis segue a linha do sufismo.
Por destruir um grande número de santuários sufistas, o grupo insuflou o descontentamento popular.