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PR do Quénia apela à união dos estados africanos no combate à crise climática

     África              
  • Luanda • Terça, 05 Setembro de 2023 | 14h26
Presidente do Kenya, William Ruto
Presidente do Kenya, William Ruto
Joaquina Bento-ANGOP

Nairobi - O Presidente queniano, William Ruto, apelou hoje em Nairobi na Cimeira Africana sobre o Clima, à união dos estados africanos no combate à crise climática, que descreveu como "o maior desafio" da existência de todos os seres vivos.

"Colectivamente, temos o poder de mudar o continente e a direcção que o mundo está a tomar", afirmou Ruto no seu discurso de abertura no segundo dia da cimeira, co-organizada pelo governo queniano e pela União Africana (UA).

O líder queniano destacou o potencial de África para encontrar soluções para a crise climática, considerando que investir no continente é "a forma mais clara de se atingir o objectivo global" de reduzir as emissões de gases poluentes, quer porque é aí que se concentram os maiores depósitos de recursos naturais, essenciais para a produção de energia verde, quer devido ao potencial de África para produzir este tipo de energia.

Ruto sublinhou ainda que "nenhum dos países industrializados pode atingir o objectivo de zero emissões no período que lhes é exigido" e que "só uma transformação rápida e inclusiva" pode ser uma "solução sustentável" para o "desafio" da crise climática.

O chefe de Estado queniano falou depois da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que afirmou no seu discurso que a União Europeia quer ser o "aliado" de África na transição energética global.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou num discurso proferido também hoje à "correcção do rumo do sistema financeiro global", garantindo um "mecanismo eficaz de alívio da dívida" a taxas acessíveis.

"O sistema financeiro mundial tem de ser um aliado dos países em desenvolvimento na condução de uma transição ecológica justa e equitativa que não deixe ninguém para trás", acrescentou Guterres, antes de destacar o potencial de África para se tornar "um líder mundial em energias renováveis".

"A África possui 30% das reservas minerais essenciais para as tecnologias renováveis e de baixo carbono, como a energia solar, os veículos eléctricos e as baterias", recordou.

O especial enfoque da cimeira em questões financeiras está a provocar a oposição de defensores do ambiente. Na segunda-feira, centenas de pessoas manifestaram-se perto do local da cimeira para denunciar a "agenda profundamente corrupta" do evento, acusando-a de centrar-se nos interesses dos países ricos.

As organizações da sociedade civil apelaram ao Presidente William Ruto para que não inclua na cimeira a discussão de mecanismos como os mercados de créditos de carbono.

A abertura do segundo dia da cimeira, que decorre até esta quarta-feira, contou ainda com a presença do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahammat, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Presidente do Quénia, William Ruto, do Presidente das Comores e chefe rotativo da UA, Azali Assoumani, e do primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

No final da cimeira, em que participam mais de vinte chefes de Estado e de Governo africanos, bem como líderes de organizações internacionais, espera-se que seja adoptada a chamada "Declaração de Nairobi", que procura articular uma posição africana comum a levar a diferentes fóruns mundiais.

Os líderes africanos querem lançar em Nairobi a construção de uma perspectiva unificada para levar à cimeira do clima COP28 no Dubai, mas também à Assembleia Geral da ONU e ao G20 e instituições financeiras internacionais.

O alcance de uma posição comum deste tipo afigura-se como um objectivo ambicioso para um continente que alberga 1,4 mil milhões de pessoas - entre as mais vulneráveis às alterações climáticas em todo o planeta - em 54 países política e economicamente muito diferentes. JM



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