PR de Moçambique solidário com África do Sul após "tragédia" em incêndio

     África              
  • Luanda • Quinta, 31 Agosto de 2023 | 15h01
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi  cópia
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi cópia
Pedro Parente

Maputo - O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, prestou hoje solidariedade ao homólogo vizinho da África do Sul, Cyril Ramaphosa, pelo incêndio que vitimou mais de 70 pessoas em Joanesburgo, esperando que o país "se recomponha desta tragédia".

"Acompanhei com tristeza a tragédia provocada por um incêndio registado num edifício residencial, na cidade de Joanesburgo, provocando a perda de dezenas de vidas humanas, vários feridos e avultados danos materiais", escreveu o chefe de Estado moçambicano, na sua conta oficial na rede social Facebook.

"Em nome do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, endereço o nosso profundo pesar a vossa excelência Presidente Ramaphosa e às famílias enlutadas, na esperança de que os feridos tenham uma rápida recuperação", acrescentou.

Filipe Nyusi transmitiu "igualmente uma palavra de apreço às equipas de salvação, que tudo fizeram para salvar maior número de pessoas", fazendo votos "de que a Nação sul-africana se recomponha desta tragédia o mais rápido possível".

A polícia sul-africana anunciou uma investigação às causas do incêndio que matou pelo menos 73 pessoas esta madrugada, num edifício de cinco andares no centro de Joanesburgo, que estava ilegalmente ocupado, apesar de oficialmente abandonado.

O comissário da polícia da província de Gauteng, envolvente a Joanesburgo, Elias Mawela, avançou que o incêndio ocorreu num prédio "ocupado", que se encontrava alegadamente "abandonado" e acrescentou que a polícia vai incumbir "unidades especializadas para apurar a causa do incêndio".

O comissário policial afirmou que existem "700 edifícios sem dono e abandonados" no centro da capital económica sul-africana, apontando que "o edifício em si exige a atenção do município, que precisa de se certificar de que os edifícios são seguros".

Mawela indicou que "a autarquia tem de estabelecer quem são os proprietários" e vincou que "a cidade de Joanesburgo deve tomar uma decisão sobre o que fazer com estes edifícios".

A polícia actualizou esta manhã o número de vítimas mortais do incêndio que terá começado por volta das 01h30 locais (00h30 de Angola) para pelo menos 73, colocando o número de feridos em 55.

As causas do incêndio estão por determinar, segundo as autoridades sul-africanas, mas o responsável municipal pela segurança pública da autarquia de Joanesburgo, Mgcini Tshwaku, apontou como causas prováveis do incêndio o "uso de velas" e as "ligações ilegais" à rede eléctrica, que são comuns na área.

"Por outro lado, quando os bombeiros entraram no edifício havia do lado de dentro um portão de segurança que se encontrava fechado e as pessoas não conseguiram sair (para fugir do fogo)", explicou.

"Muitos corpos foram encontrados carbonizados amontoados junto ao portão de segurança. Nunca vi corpos queimados assim, irreconhecíveis, é um cenário muito triste", afirmou à imprensa no local.

O incêndio foi controlado pelos bombeiros, estando o edifício a ser evacuado, segundo um porta-voz dos Serviços de Emergência de Joanesburgo, Robert Mulaudzi.

"Cada andar tem um assentamento informal e aqueles que tentavam sair ficaram presos por causa das estruturas entre os andares", acrescentou.

Uma organização comunitária no centro de Joanesburgo, a Inner City Federation, acusou a autarquia de Joanesburgo de não cuidar dos edifícios que se encontram inactivos e em estado de abandono no centro da cidade.

"O edifício não foi sequestrado porque havia um segurança na porta que é contratado pela cidade de Joanesburgo. Esta manhã, no local, tivemos uma pequena conversa com o responsável de saúde e segurança pública, Mgcini Tshwaku, que indicou que a cidade não tem dinheiro para renovar os imóveis que pertencem à cidade de Joanesburgo por falta de financiamento", disse o porta-voz da organização, Siya Mahlangu, à imprensa local. JM





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