Pretória (Da correspondente) - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, voltou a reiterar o apelo a um "cessar-fogo imediato que acabe com o sofrimento do povo de Gaza".
Fazendo uso do seu boletim semanal divulgado a segunda-feira na plataforma X, Ramaphosa disse que num momento em que o mundo assinala um ano desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, que tem ceifado muitas vidas humana, apelo a um cessar-fogo imediato.
"Assinala-se hoje um ano desde o início de um ataque contra o povo palestiniano que até ao momento ceifou mais de 43 mil vidas. A violência cometida por Israel contra os palestinianos ao longo de muitas décadas intensificou-se após um ataque a Israel por parte do Hamas e de outros grupos armados locais, a 7 de Outubro de 2023", frisou.
Enquanto África do Sul, prosseguiu, "continuamos empenhados na resolução pacifica para se pôr fim a ocupação da Palestina, na defesa dos princípios do direito internacional e na promoção da justiça social. Apelamos mais uma vez a um cessar-fogo imediato que acabe com o sofrimento do povo de Gaza e permita que a ajuda humanitária chegue aos necessitados".
Mais de 1.000 israelitas foram mortos nos ataques de 7 de Outubro do ano passado e acima de 100 israelitas permanecem em cativeiro em Gaza.
O Presidente acrescentou que a África do Sul condenou as "atrocidades cometidas contra civis em Israel há um ano, tal como denunciamos o assassinato de civis em qualquer contexto", ao mesmo tempo, adiantou, apelamos consistentemente a uma resolução do conflito e a libertação de todos os reféns raptados a 7 de Outubro e que se coloque em liberdade todos os detidos ilegalmente em Israel.
"Não podemos deixar de ficar comovidos com a situação de todas as famílias que têm os seus entes queridos em cativeiro. Com as negociações para garantir a sua libertação mais uma vez estagnadas e os contínuos bombardeamentos de Gaza por Israel, este conflito não mostra sinais de abrandamento", escreve Cyril Ramaphosa.
No meio dos esforços da comunidade internacional para garantir um cessar-fogo, avançou, a situação foi agravada pelos ataques de Israel ao Libano e do Irão a Israel. A promessa de Israel retaliar contra o Irão, fez este ameaçar que irá responder em conformidade.
"A escalada da situação no Médio Oriente é motivo de grande preocupação. Ameaça mergulhar a região numa guerra em que os civis irão suportar inevitavelmente o maior e mais cruel peso deste conflito". RB/JM