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População pecuária tchadiana serve como catalisadora do comercio intra-africano

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  • Luanda • Segunda, 24 Março de 2025 | 19h38
Bandeira do Tchad
Bandeira do Tchad
Divulgação

Djamena - A população pecuária do Tchad, estimado em mais de 129 milhões de cabeças de vaca, servirá como um importante catalisador para o comércio intra-africano, anunciou nesta segunda-feira em comunicado a Comissão Económica para África (ECA).

De acordo com a instituição, a população pecuária tchadiana é uma das maiores de África e do mundo, sendo o principal exportador de gado da África Central, sobretudo para os mercados concorridos há décadas, como a Nigéria, Camarões e o Congo, segundo a agência APA News.

Paradoxalmente, o Thad exporta principalmente gado vivo, permitindo que outros países captem a maior parte do valor acrescentado e dos empregos gerados pelo processamento de carne, afirmou a ECA.

 Embora os Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) importem mais de 350 milhões de dólares em carne e vísceras processadas anualmente, o valor total do comércio regional de gado tchadiano mal chega aos 50 milhões de dólares, observou o comunicado.

Durante décadas, a pecuária no Tchad foi dominada por práticas pastoris tradicionais, eficazes na gestão de pastagens, mas vulneráveis aos desafios climáticos e económicos. Este modelo deixou os pastores a enfrentar inúmeras dificuldades, incluindo condições de vida precárias, insegurança regional e acesso limitado a instalações de processamento e redes logísticas, como explicou a instituição.

Apesar destas restrições, o país tem uma vantagem significativa: a sua localização estratégica no cruzamento de rotas comerciais que ligam a África do Norte, Central e Ocidental.

Além disso, a instabilidade nos países vizinhos do Sahel, como o Sudão e o Níger, aumentou ainda mais a procura de fornecimento de carne por parte do Tchad, adiantou a ECA.

A ECA referiu que a Nigéria, o maior comprador de gado do tchadiano, representa um alvo estratégico para as exportações de carne processada, desde que as restrições à importação sejam levantadas.

O Egipto, enfrentando escassez de fornecimentos desde a guerra no Sudão, já recorreu a este país (Tchad) para garantir o fornecimento de carne por via aérea.

O Gabão e o Congo recebem remessas através de camiões frigoríficos, enquanto os países do Golfo, especialmente o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, manifestaram interesse na carne de camelo dos tchadianos.

Esta expansão para novos mercados marca a entrada do Tchad numa nova era comercial, onde a carne processada está gradualmente a substituir o gado vivo como principal produto de exportação do país, adianta a organização.

A ECA explica que através desta transformação, o Tchad está a libertar-se da doença holandesa, a armadilha económica que obriga muitos países africanos a exportar matérias-primas de baixo valor apenas para importar produtos transformados a um custo elevado.

A medida do governo que envolve a exportação de carne processada proporcionou uma alternativa viável e sustentável baseada no processamento de matéria-prima para gerar valor acrescentado e empregos localmente, promovendo o comércio intra-africano através da Área de Livre Comércio Continental Africana, refere a instituição. DSC/AM

 

 





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