Praia - Sete homens foram, quinta-feira,detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde por suspeitas de serem os autores do atentado contra o ex-autarca da Praia, ocorrido em Julho de 2019, informou a força policial cabo-verdiana.
Em comunicado, a PJ informou que a detenção aconteceu após buscas realizadas em 15 residências e dois estabelecimentos comerciais na cidade da Praia, numa operação denominada "Enigma".
Os sete homens, entre 25 e 75 anos, todos residentes na cidade da Praia, são suspeitos da prática em co-autoria de um crime de homicídio na sua forma tentada.
Segundo a PJ, os detidos vão ser apresentados ao tribunal na sexta-feira.
Em 29 de Julho de 2029, o então presidente da Câmara da Praia, actualmente governador do Banco de Cabo Verde (BCV), foi atacado à porta de um ginásio que frequentava e foi atingido com um tiro por encapuzados, que fugiram do local, sofrendo uma fractura do úmero direito.
Depois de uma operação cirúrgica realizada no Hospital Agostinho Neto, na Praia, o então autarca ficou internado durante alguns dias e regressou ao trabalho pouco mais de duas semanas depois.
Na altura, Santos disse que o ataque foi motivado por vingança por alguma decisão que tomou, referindo que não foi um atentado à pessoa, mas sim ao presidente da Câmara Municipal da Praia.
O então Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, considerou que o ataque a Óscar Santos obriga a todos a ponderar aspectos de segurança de titulares de certos cargos, mas sem esquecer a segurança pública.
As autoridades judiciais e policiais cabo-verdianas têm alertado para a "complexificação e maior sofisticação" nas tipologias de crimes, entendendo que isso vai exigir "novas competências" dos atores judiciais.