Pelo menos 324 mil crianças morreram em conflito no nordeste da Nigéria

     África           
  • Luanda     Quinta, 24 Junho De 2021    17h53  
Mapa da Nigéria
Mapa da Nigéria
Divulgação

Nova Iorque - O conflito de 12 anos entre o exército nigeriano e grupos 'jihadistas' no nordeste da Nigéria causou a morte directa ou indirecta de cerca de 350.000 pessoas, incluindo 324.000 crianças, segundo uma estimativa divulgada hoje pelas Nações Unidas.

"Estimamos que, no final de 2020, o conflito tenha causado a morte de 350.000 pessoas, incluindo 314.000 de causas indirectas", avança o relatório "Survey of the Development Consequences of the Conflict in Northeastern Nigeria", divulgado hoje.

"Estimamos que 90% das vítimas deste conflito, ou 324.000, são crianças com menos de 5 anos", afirma-se no documento das Nações Unidas.

De acordo com números apresentados regularmente por instituições internacionais, mais de 40.000 pessoas foram mortas em confrontos durante os 12 anos do conflito e mais de dois milhões foram forçadas a abandonar as suas casas.

A insegurança, uma ameaça perene à segurança alimentar, mas também as muito precárias condições económicas e sanitárias nos campos de deslocados, sem infraestruturas básicas, como água corrente ou cuidados de saúde, podem levar a mais de 1,1 milhões de mortes nos próximos 10 anos, adverte-se no relatório.

A ONU estima que 13,1 milhões de pessoas vivem em zonas afetadas por conflitos no nordeste da Nigéria - Borno, Adamawa e Yobe - das quais 5,3 milhões estão expostas a insegurança alimentar e dependem de assistência humanitária para sobreviverem.

O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que chegou ao poder em 2015 com a promessa de pôr fim à rebelião do grupo radical islâmico Boko Haram, uma antiga seita islamista que se tornou um movimento 'jihadista' violento, é fortemente criticado pelo mau desempenho em termos de segurança num país de 200 milhões de pessoas, flagelado por conflitos, crime organizado e insegurança.

O grupo radical Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP), que se separou de Boko Haram em 2016, controla agora grandes extensões de território à volta da região do Lago Chade, onde as pessoas vivem sob o seu controlo, sem acesso aos serviços do Estado ou ao apoio das agências humanitárias internacionais.





Fotos em destaque

SODIAM arrecada USD 17 milhões em leilão de diamantes

SODIAM arrecada USD 17 milhões em leilão de diamantes

Sábado, 20 Abril De 2024   12h56

Fazenda colhe mil toneladas de semente de milho melhorada na Huíla

Fazenda colhe mil toneladas de semente de milho melhorada na Huíla

Sábado, 20 Abril De 2024   12h48

Huambo com 591 áreas livres da contaminação de minas

Huambo com 591 áreas livres da contaminação de minas

Sábado, 20 Abril De 2024   12h44

Cunene com 44 monumentos e sítios históricos por classificar

Cunene com 44 monumentos e sítios históricos por classificar

Sábado, 20 Abril De 2024   12h41

Comuna do Terreiro (Cuanza-Norte) conta com orçamento próprio

Comuna do Terreiro (Cuanza-Norte) conta com orçamento próprio

Sábado, 20 Abril De 2024   12h23

Exploração ilegal de madeira Mussivi considerada “muito crítica”

Exploração ilegal de madeira Mussivi considerada “muito crítica”

Sábado, 20 Abril De 2024   12h19

Hospital de Cabinda realiza mais de três mil cirurgias de média e alta complexidade

Hospital de Cabinda realiza mais de três mil cirurgias de média e alta complexidade

Sábado, 20 Abril De 2024   12h16

Camacupa celebra 55 anos focado no desenvolvimento socioeconómico

Camacupa celebra 55 anos focado no desenvolvimento socioeconómico

Sábado, 20 Abril De 2024   12h10

Projecto "MOSAP 3" forma extensionistas para escolas de campo em todo país

Projecto "MOSAP 3" forma extensionistas para escolas de campo em todo país

Sábado, 20 Abril De 2024   12h05

Comunidade do Lifune (Bengo) beneficia de biofiltros

Comunidade do Lifune (Bengo) beneficia de biofiltros

Sábado, 20 Abril De 2024   11h58


+