Joanesburgo - O maior partido da oposição no Parlamento sul-africano solicitou ao Governo dos Estados Unidos a supervisão das eleições gerais de 29 de Maio na África do Sul, foi hoje anunciado.
De acordo com a rádio pública sul-africana, SABC, o pedido do partido Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês) foi feito através de uma missiva oficial enviada à administração Biden.
O chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do partido Congresso Nacional Africano(ANC), antigo aliado de Moscovo e de Pequim, criticou a iniciativa da oposição política, acusando a DA de pretender "vender" o país às potências internacionais.
"A carta da DA ao Governo dos Estados Unidos é bastante hipócrita e quase que tenta vender o nosso país a outras potências do mundo", declarou o presidente sul-africano à SABC.
Cyril Ramaphosa adiantou que as organizações regionais no mundo como a SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), a UA (União Africana) assim como, a ONU (Organização das Nações Unidas) são instituições sempre prontas para monitorizar a eleições sul africanas.
De acordo com as sondagens, o ANC, no poder desde as primeiras eleições democráticas do país em 1994, pode perder pela primeira vez a maioria absoluta no parlamento e forçado a formar um Governo de coligação.
As eleições gerais na África do Sul, marcadas para 29 de Maio, assinalam as primeiras três décadas de democracia sob a governação do ANC de Nelson Mandela após a queda do anterior regime de 'apartheid' em 1994. AM