Nações Unidas - O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou hoje que são necessários cerca de 868 milhões de euros (1 euro equivale a Kz 949,57) para responder às necessidades de 3,6 milhões de pessoas, este ano, no nordeste da Nigéria.
Este alerta emitido pelo OCHA, em comunicado, refere-se aos cidadãos dos estados de Borno, Adamawa e Yobe, mas a entidade indicou também que cerca de 7,8 milhões de pessoas desta nação precisam de ajuda humanitária.
Assim, foi hoje lançado, na capital, Abuja, o Plano de Resposta às Necessidades Humanitárias da Nigéria para 2025, com a presença do coordenador humanitário da ONU na Nigéria, Mohamed Malick Fall, do ministro dos Assuntos Humanitários e da Redução da Pobreza, Nentawe Goshwe Yilwatda, entre outros altos funcionários.
Segundo Fall, estas necessidades são "impulsionadas por conflitos, choques climáticos e instabilidade económica", com as "inundações, surtos de doenças, insegurança alimentar e subnutrição a agravarem as vulnerabilidades" já existentes.
O ministro apelou à conjugação de esforços humanitários, de desenvolvimento e de construção da paz, nomeadamente na região nordeste.
De acordo com o OCHA, dado o declínio do financiamento global para os esforços humanitários, o plano de apoio deste ano à Nigéria "tem por objectivo reforçar a eficiência na prestação da ajuda".
Em 2025, 33 milhões de pessoas na Nigéria enfrentarão uma insegurança alimentar aguda durante o período que antecede o das colheitas, com níveis alarmantes de subnutrição que ameaçam milhões de crianças, segundo as previsões apresentadas.
O custo de vida na Nigéria tem aumentado desde que Bola Tinubu chegou ao poder, em maio de 2023, com a inflação a atingir um máximo histórico de 33,95% em Junho de 2024, fazendo subir o custo de produtos básicos como o arroz, o milho e o inhame, tornando-os incomportáveis para muitos nigerianos.
A Nigéria, um país dividido entre o sul predominantemente cristão e o norte predominantemente muçulmano, é o mais populoso de África, com mais de 213 milhões de habitantes, e um grande produtor de petróleo, bem como uma das maiores economias do continente.
No entanto, quatro em cada dez nigerianos vivem abaixo do limiar de pobreza, de acordo com o Banco Mundial. JM