Kinshasa - A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou recursos para enfrentar a doença desconhecida que continua a afectar hoje a cidade de Panzi, na província de Kwango, na República Democrática do Congo (RDC).
“A OMS ajuda a fortalecer os serviços de saúde para que as pessoas afectadas recebam os cuidados de que necessitam e apoia os esforços para descobrir o que deixa as pessoas doentes”, sublinha a mensagem.
Equipas desta agência da ONU estão a trabalhar na recolha de amostras para estudo, tendo sido recolhidas até agora mais de 345, incluindo amostras nasais, urina, fezes, leite materno, hemoculturas, sangue total e esfregaços orofaríngeos.
As investigações sobre a doença desconhecida não obtiveram resultados conclusivos, razão pela qual as equipas continuam a trabalhar no terreno, tanto na recolha de novas amostras como na assistência aos doentes.
O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou em 11 de Novembro que das 12 amostras iniciais recolhidas, 10 deram positivo para malária, embora seja possível que mais do que uma doença esteja envolvida.
Significa que a área afectada sofre de elevados níveis de desnutrição e baixa cobertura vacinal, o que deixa as crianças vulneráveis a doenças como a malária, a pneumonia, o sarampo e outras.
De 24 de Outubro a 11 de Novembro foram notificados 416 casos da doença desconhecida e 31 pessoas morreram em instituições de saúde por esta causa.
Por sua vez, o ministro da Saúde da RDC, Roger Kamba, especificou que a primeira aproximação revelou que a doença apresenta características semelhantes a uma doença respiratória e os sintomas são muito semelhantes aos da gripe: febre, rinorreia, tosse, dor de cabeça e nas articulações e, no caso do falecido, ocorre desconforto respiratório.
Acrescentou que entre os pacientes que morreram nos centros de saúde, 10 necessitaram de transfusões, devido à anemia grave que apresentavam, mas comentou que não é possível saber se este foi um sintoma anterior à doença ou causado por ela. JM