Adis Abeba - A Comissão Económica das Nações Unidas para a África (ECA) lançou um novo relatório que insta o Fundo Monetário Internacional (FMI) a tomar medidas para capacitar os países de renda média e baixa, informa a Ethiopian News Agency.
O vice-secretário executivo e economista-chefe da ECA, Hanan Morsy, disse que o relatório foi preparado em consulta com os ministros africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, a União Africana e o Banco Africano de Desenvolvimento.
Propõe uma nova agenda de trabalho para o Fundo Monetário Internacional (FMI) “para responder melhor aos desafios que os países africanos de baixa e média renda estão enfrentando”.
O Relatório é baseado no trabalho do Grupo de Trabalho de Alto Nível de África sobre a Arquitectura Financeira Global, que é coordenado pela ECA.
Este Grupo compreende Ministros Africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, a União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Afreximbank e o Banco Mundial. Inclui a participação de funcionários e Directores Executivos do FMI.
De acordo com Morsy, o trabalho analítico deste relatório fomentou um diálogo mais produtivo com o FMI e também foi fundamental para catalisar progressos tangíveis em diversas questões críticas, entre elas, o aumento do financiamento concessional, um aumento de 50% na cota geral, a aprovação do uso de DSEs para comprar capital híbrido, o avanço das reformas do RST para melhor atender aos países vulneráveis, maior representação da África no Conselho Executivo do FMI por meio de um terceiro presidente e a redução da sobretaxa do FMI.
O cenário Económico atual exige um FMI reinventado que realmente atenda a todos os seus países membros, disse.
Este relatório defende mudanças para capacitar nações vulneráveis, promovendo um sistema financeiro global mais inclusivo, afirmou Morsy.
“Embora tenha havido progresso substancial, o relatório reconhece que ainda há muito trabalho a ser feito. Os esforços colaborativos entre as nações africanas e as partes interessadas serão cruciais na busca por uma arquitectura financeira equitativa e eficiente que aborde os desafios atuais e os desenvolvimentos futuros”, acrescentou. ADR