Abuja - O líder do grupo 'jihadista' Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou hoje a responsabilidade pelos ataques de morteiros feitos na terça-feira contra a cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, nos quais morreram 16 pessoas.
"Soubemos que os nossos irmãos tinham levado a cabo um ataque em Maiduguri na terça-feira; estamos felizes, foram os nossos homens que lançaram o ataque", disse Shekau num vídeo de propaganda citado hoje pela agência francesa de notícias, a France-Presse.
No vídeo, que mostra combatentes deste grupo terrorista a dispararem explosivos numa área deserta fora da cidade, ouve-se a voz do líder a reivindicar os ataques.
A filmagem, à qual foi acrescentada uma mensagem de voz de Abubakar Shekau, mostra combatentes do grupo 'jihadista' a disparar explosivos de uma área deserta fora da cidade.
Maiduguri, um dos últimos redutos seguros no estado de Borno, epicentro da insurreição 'jihadista' na Nigéria, é esporadicamente alvo de ataques de grupos extremistas islâmicos associados a facções do grupo rebelde Boko Haram.
Em Julho de 2020, os 'jihadistas' também dispararam morteiros de fora da cidade, matando quatro pessoas e ferindo três.
O nordeste da Nigéria vem a ser flagelado por conflitos mortais desde 2009 e pelo lançamento de ataques mortais por parte do Boko Haram.
Em 2016, o grupo separou-se, com a fação histórica de um lado e o Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), reconhecido pelo nome de Estado Islâmico, do outro.
A violência ligada à insurreição extremista islâmica custou, pelo menos, 36.000 vidas desde 2009, e dois milhões de pessoas continuam a não poder regressar às suas casas na Nigéria. Estes ataques alastraram aos países vizinhos Níger, Chade e Camarões.