Maputo - As autoridades marítimas moçambicanas aumentaram a fiscalização nos pontos de chegada e partida de embarcações em Nampula, norte do país, após o naufrágio do barco de pesca que em Abril provocou a morte de 98 pessoas.
"Antes, tínhamos apenas um fiscal (...), hoje temos cinco", avançou Fahara Luís, administradora marítima da Ilha de Moçambique, província de Nampula, no término do trabalho da comissão de inquérito sobre o acidente que matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes.
As autoridades moçambicanas divulgaram na altura que a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito.
Segundo a administradora, citada pelo Notícias ao Minuto, o reforço de fiscalização localmente visa "evitar que as pessoas se façam às embarcações superlotadas e sem coletes".
A comissão de inquérito criada pelo Governo para apurar as causas do naufrágio do barco de pesca, em 07 de Abril, quando transportava 130 pessoas com destino à Ilha de Moçambique, que fugiam a um não confirmado surto de cólera no posto administrativo de Lunga, distrito de Mossuril, já concluiu os trabalhos, mas Fahara Luís remeteu mais informações sobre as conclusões para o Instituto Nacional do Mar.
O Governo moçambicano anunciou em 18 de Abril a construção de uma estrada e uma ponte na zona do naufrágio, como forma de evitar o transporte de passageiros em barcos sem condições. MOY/JM