Rabat - O governo marroquino vai reabrir o seu espaço aéreo a partir do dia 7 de Fevereiro, após mais de dois meses de encerramento, anunciou hoje, sexta-feira, em comunicado, o executivo marroquino.
A notícia surge um dia depois de milhares de trabalhadores do sector do turismo se terem manifestado em várias cidades do país para exigir a reabertura das fronteiras.
Segundo o executivo marroquino, citado pela agência EFE, a decisão foi tomada de acordo com as recomendações da comissão científica e técnica.
Na mesma nota, o Governo explicou que aquela comissão está a estudar as medidas que vão ser implementadas nos postos fronteiriços, bem como as condições que os passageiros devem cumprir, que "serão anunciadas posteriormente".
As fronteiras do reino Cherifian estão fechadas desde 29 de Novembro devido à variante Ómicron.
A medida foi tomada dias depois da nova variante ter sido detectada na África do Sul. Apenas três países do mundo tomaram uma decisão tão drástica: Israel, Japão e Marrocos. Mas, se os dois primeiros reabriram fronteiras pouco depois, Marrocos optou por estender o encerramento por 70 dias.
Neste espaço de tempo, o estado marroquino só permitiu voos de repatriamento entre 15 e 23 de Dezembro e apenas para voos provenientes da Turquia, Emirados Árabes Unidos e Portugal. Os marroquinos que chegaram nesses aviões foram obrigados a ficar em quarentena em hotéis designados pelo estado.
O Governo daquele país do Magrebe apela aos cidadãos para que continuem a respeitar as medidas de precaução recomendadas pelas autoridades, para combater a propagação do vírus, bem como para que recebam a terceira dose da vacina contra o SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
Especialistas em saúde indicaram, recentemente, que Marrocos ultrapassou, na semana passada, o pico de infecções causadas pela variante Ómicron.
Nas últimas 24 horas, Marrocos registou um total de 5.560 novas infecções e 33 mortes por covid-19, sendo que mais de 23 milhões de marroquinos estão imunizados com as duas doses da vacina contra aquele vírus, num total de 36 milhões de habitantes.