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Maputo recebe apoio de outros municípios para resolver crise de lixo

     África              
  • Luanda • Sexta, 10 Janeiro de 2025 | 14h58
Bandeira de Mocambique
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Maputo - A autarquia de Maputo está a receber apoio, com equipamentos e camiões, de outros municípios do país para tentar fazer a recolha de resíduos sólidos nos bairros "mais críticos", que se avolumam devido às exteriorizações pós-eleitorais, cita a agência Lusa.

O Conselho Municipal de Maputo explicou hoje, em comunicado, que um acordo de cooperação intermunicipal tem permitido à capital "receber apoio em equipamentos para a recolha de resíduos sólidos" por parte de outros municípios.

"À luz desta parceria, destacamos com profundo apreço o apoio do município do Chimoio que (...) disponibilizou 10 camiões basculantes, de forma temporária, para reforçar as operações de recolha de resíduos sólidos na cidade de Maputo", lê-se no comunicado.

Acrescenta tratar-se de um apoio que "chega num momento crucial, complementando os esforços que têm sido empreendidos pelo Conselho Municipal do Maputo, com a colaboração de diversos parceiros públicos e privados".

"A integração desses camiões à frota operacional da cidade permitirá um impacto imediato na eficiência das operações, contribuindo para a redução de resíduos acumulados nos bairros e avenidas", acrescenta o comunicado, reconhecendo o apoio da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique neste processo.

O município de Maputo reconheceu em 03 de Janeiro "desafios" para recolher cerca de 1.200 toneladas de lixo diário face à insuficiência de meios, vandalizados durante protestos de contestação dos resultados das eleições gerais em Moçambique.

"O desafio em relação à recolha de resíduos sólidos continua, sobretudo porque há que continuar a retirar os resíduos sólidos produzidos diariamente, que são na ordem de 1.200 toneladas, mas também temos outros milhões que não foram recolhidos no período das paralisações", disse aos jornalistas o vereador de infra-estruturas do Município de Maputo, João Munguambe.

Moradores do bairro Georgi Dimitrov, localmente conhecido por Benfica, arredores do centro da cidade de Maputo, depositaram no mesmo dia lixo na Avenida de Moçambique, uma das principais vias que liga o centro da capital a periferia, para pressionar as autoridades municipais a fazer a recolha de resíduos sólidos.

Outro caso idêntico registou-se uma semana antes, em que moradores do bairro da Maxaquene, na periferia da cidade, foram depositar lixo nas instalações da Electricidade de Moçambique (EDM), entidade pública pela qual é descontada a taxa de lixo.

O vereador de infra-estruturas do Município de Maputo indicou que a vandalização de 67 contentores e vários veículos de recolha de resíduos durante protestos pós-eleitorais contribuiu para o défice na recolha de resíduos sólidos.

"Estamos a mobilizar meios adicionais para fazer a recolha (...) Estamos a trabalhar no sentido de repor a capacidade, mas também reconhecemos que para resolver o problema das toneladas de lixo, fora as de produção diária, aquele que se deixou de recolher quando não se podia, precisaríamos de mais ou menos uma semana de trabalho extra com meios adicionais", disse Munguambe.

Em 23 de Dezembro, o Conselho Constitucional (CC) proclamou Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de Outubro.

Os resultados são contestados nas ruas e o anúncio do CC aumentou o caos que o país vive desde Outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane candidato que segundo o CC obteve apenas 24% dos votos,  mas que reclama vitória em protestos a exigirem a "reposição da verdade eleitoral", com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

Estes confrontos já provocaram quase 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo. AM

 





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