Washington - O primeiro mandato de Moçambique no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) esteve esta quarta-feira, em Washington, em destaque num encontro entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, Blinken e Nyusi discutiram "prioridades globais e regionais compartilhadas, incluindo áreas de cooperação durante o primeiro e histórico mandato de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU em 2023-2024".
Os dois líderes também reafirmaram a sua parceria estratégica para a promoção da paz, a estabilidade e a segurança da saúde global.
Blinken destacou ainda o impacto da estratégia dos Estados Unidos da América (EUA) para prevenir conflitos e promover a estabilidade como complemento aos esforços do Governo e da sociedade civil no norte de Moçambique.
"Estamos ansiosos pela nossa colaboração quando Moçambique se tornar membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas em Janeiro, mas também somos parceiros fortes -- parceiros fortes para ajudar Moçambique a construir estabilidade, parceiros fortes para construir juntos a saúde global, lidando com insegurança alimentar, e damos as boas-vindas a essa parceria. Há muito o que discutir esta noite", disse Blinken a Nyusi, citado no 'site' do executivo norte-americano.
Já o chefe de Estado de Moçambique apelou por uma maior cooperação entre os dois países e por um maior investimento dos Estados Unidos no seu país.
Blinken e Nyusi encontraram-se na capital norte-americana à margem da Cimeira EUA-África, que começou na terça-feira e que termina hoje.
A Cimeira reuniu líderes de todo o continente africano para discutir formas de fortalecer laços e promover prioridades compartilhadas com os Estados Unidos.
No total, 49 chefes de Estado africanos e o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, foram convidados para este encontro de alto nível.
A Cimeira deve reavivar as relações dos Estados Unidos com o continente africano, suspensas pelo ex-presidente Donald Trump, num momento em que China e Rússia avançam com os seus 'peões' na região.