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Mais de 55 mil deslocados regressaram a Sennar

     África              
  • Luanda • Sábado, 18 Janeiro de 2025 | 13h51
Bandeira do Sudão
Bandeira do Sudão
Divulgação

Cartum - Mais de 55.000 pessoas deslocadas regressaram a Sennar, um estado no sudeste do Sudão, mais de um mês depois de o exército ter reconquistado a capital aos paramilitares, anunciou este sábado a agência das Nações Unidas para as migrações.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) declarou que as suas equipas no terreno tinham "supervisionado o regresso de cerca de 55.466 pessoas deslocadas ao Estado de Sennar" entre 18 de Dezembro e 10 de Janeiro, noticia a Lusa.

Em Novembro, o exército sudanês, que combate as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) desde Abril de 2023, declarou ter recuperado o controlo de Sinja, a capital do Estado de Sennar, uma localização chave entre o centro e o leste do país.

As RSF controlavam a cidade desde o final de Junho, após um assalto que obrigou à fuga de cerca de 726.000 pessoas, muitas delas deslocadas de outros Estados, segundo a OIM.

Hoje, a OIM declarou que cerca de 309.800 pessoas tinham sido deslocadas de várias localidades de Sennar, onde vivem dois milhões de habitantes, na sequência dos confrontos de Junho e Julho.

Mais de metade das pessoas que regressaram a Sennar encontraram refúgio no estado vizinho de Gedaref e as restantes nos estados vizinhos de Kassala, Nilo Azul, Mar Vermelho e Nilo Branco, acrescentou a agência de migração.

No entanto, a OIM afirmou que alguns repatriados "podem não ter regressado aos seus locais de origem e (podem) continuar deslocados em Sennar".

A guerra no Sudão causou já dezenas de milhares de mortos, desalojou mais de 12 milhões de pessoas e levou muitas delas à beira da fome, naquilo que a ONU descreve como uma das piores catástrofes humanitárias da história recente.

Ambas as partes foram acusadas de crimes de guerra, incluindo o ataque a infraestruturas civis e o bombardeamento indiscriminado de casas, mercados e hospitais.

As RSF foram especificamente acusadas de atrocidades, incluindo execuções sumárias, violência sexual sistemática e pilhagem generalizada de bens civis.

Entretanto, na quinta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhane, e acusou o exército de atacar escolas, mercados, hospitais, bem como de utilizar a privação de alimentos como arma de guerra.

Estas sanções surgem uma semana depois das impostas pelos Estados Unidos contra o comandante da RSF, Mohamed Hamdan Daglo, acusando os paramilitares de genocídio. AM

 





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