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Líder da OMS denuncia homicídio do seu tio por tropas eritreias em Tigray

     África              
  • Luanda • Quinta, 15 Dezembro de 2022 | 11h04
Director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Foto arquivo)
Director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Foto arquivo)
Francisco Miudo

Genebra - O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus denunciou esta quarta-feira que o seu tio foi assassinado por tropas eritreias na região de Tigray, na Etiópia, onde foi assinado um acordo de paz para terminar com a guerra.

“Soube que o meu tio foi assassinado pelo Exército eritreu. Falei com a minha mãe e ela estava verdadeiramente abalada, porque ele era o caçula da família e tinha quase a mesma idade que eu", adiantou.

"Ele não estava sozinho na aldeia, quando o mataram na sua casa. Mais de cinquenta pessoas da mesma aldeia foram mortas. Arbitrariamente", denunciou ainda.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, de 57 anos, manifestou ainda esperança em que o acordo de paz se mantenha e a violência acabe.

O Tigray esteve praticamente isolado do mundo por mais de um ano e está privado de electricidade, telecomunicações, serviços bancários e combustível.

A guerra começou em 04 de Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Ahmed Abiy, ordenou uma ofensiva contra a então governante Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF, na sigla em inglês), em resposta a um ataque a uma base militar federal e a uma escalada das tensões políticas, incluindo a recusa da TPLF em reconhecer o adiamento das eleições e a sua decisão de realizar eleições regionais fora de Adis Abeba.


A TPLF acusa Ahmed de alimentar tensões desde que chegou ao poder em Abril de 2018, quando se tornou o primeiro oromo a tomar posse.

Até então, a TPLF tinha sido a força dominante no seio da coligação governante da Etiópia desde 1991, a Frente Democrática Revolucionária Popular Etíope, de base étnica.

O grupo opôs-se às reformas de Abiy Ahmed, que considerou como uma tentativa de minar a sua influência.

O governo etíope e os rebeldes de Tigray assinaram um acordo em 02 de Novembro em Pretória que previa, em particular, a cessação das hostilidades, a retirada e desarmamento das forças de Tigray, a restauração da autoridade federal em Tigray e a reabertura do acesso a esta região, que enfrenta uma situação humanitária catastrófica.

No entanto, este acordo não menciona a presença em Tigray do Exército eritreu, que prestou assistência decisiva às tropas etíopes, nem da sua possível retirada.

Os resultados deste conflito são desconhecidos, com o “think tank” International Crisis Group e a organização não-governamental (ONG) Amnistia Internacional a descrevem-no como "um dos mais mortíferos do mundo".

Tedros Adhanom Ghebreyesus, que chefiou o gabinete regional de saúde em Tigray antes de se tornar ministro da Saúde da Etiópia (2005-2012), apelou repetidamente à paz e ao acesso humanitário desimpedido àquela região.

Em conferência de imprensa em 02 de Dezembro, o responsável da ONG expressou preocupação com as áreas ainda sob controlo das tropas eritreias.



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