Tripoli – O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta segunda-feira, 07, a explosão de uma viatura armadilhada, na cidade de Sebha (Sul), que matou dois agentes da Polícia.
O atentado, que ocorreu domingo, feriu ainda cinco pessoas, segundo fontes de segurança contactadas pela AFP.
Num comunicado publicado pela sua agência de propaganda (Amaq), o EI reivindicou o ataque perpetrado contra um posto de controlo das forças do marechal Khalifa Haftar, considerado o homem forte do leste da Líbia e autoproclamado chefe do Exercito nacional líbio (ENL), avançando um balanço de quatro mortos.
O chefe do governo de transição líbia, Abdelhamid Dbeibah, condenou já o que chamou de "acto terrorista”.
Trata-se do primeiro ataque jihadista levado a cabo pelo EI no país, há mais de um ano, recorda o site da Intelligence Group, especializada no controlo dos sites internet islamitas.
Capital de Fezzan, província do cul da Líbia, a cidade de Sebha foi palco de vários ataques jihadistas nos últimos anos.
A Líbia mergulhou no caos, depois do derrube, em 2011, do coronel Mouammar Kadhafi, que degenerou dois poderes rivais, violências sangrentas, a presença de milícias estrangeiras e de grupos jihadistas.
A interminável transição fez-se acompanhar da desintegração do aparelho de segurança, favorecendo a chegada no país dos fundamentalistas do EI, desde 2014.
O atentado ocorre numa altura em que o país da África do norte está engajado num processo político mediado pela ONU, que permitiu a investidura, em Março último, de um governo de transição, dirigido por Dbeibah, com a missão de reunificar o país, e preparar as eleições gerais, previstas para Dezembro.