Bamako - Dois elementos do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) raptados há quinze dias no norte do Mali, foram libertados domingo à noite, anunciou na rede social Twitter a delegação da instituição no país.
“Os dois colaboradores do CICV raptados em 4 de Março entre as cidades de Gao e Kidal (norte do Mali) foram libertos este domingo", informou a delegação do Mali.
"Os nossos colegas estão bem e foram libertos sãos e salvos e sem condições", disse a delegação.
A organização agradeceu "a todos os que contribuíram para a sua libertação", sem dar mais pormenores.
O Mali está a braços com uma crise de segurança, desencadeada por uma revolta regional no norte que se transformou numa insurreição jihadista.
A violência no país desde 2012 tem sido levada a cabo por jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, mas também por auto-proclamadas milícias e bandidos.
A agitação alastrou-se aos vizinhos Burkina Faso e ao Níger. Milhares de civis, polícias e militares foram mortos na região e mais de dois milhões de pessoas fugiram das suas casas.
No Burkina Faso, uma freira americana que foi raptada por jihadistas no passado mês de Abril foi libertada em Agosto.
Em Fevereiro, um médico da Organização Mundial de Saúde (OMS) que foi raptado em finais de Janeiro no Mali também foi libertado.
O rapto dos elementos da Cruz Vermelha tinha sido divulgado pela mesma via em 4 de Março.
Na altura o CICV, no Mali, há 32 anos, referiu que os trabalhadores tinham sido sequestrados algures entre as cidades de Gao e Kidal e pediu para "não se especular sobre este incidente para não prejudicar a sua resolução".
Na mensagem no Twitter, o Comité Internacional da Cruz Vermelha sublinha que "é uma organização neutra, independente e imparcial".CNB/GAR