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Inundações em África já causam 3,5 milhões de deslocados

     África              
  • Luanda • Sexta, 28 Outubro de 2022 | 12h54
Chuva cria inundações
Chuva cria inundações
Aurélio Janeiro

Genebra - As inundações que têm afectado a África Central e Ocidental desde o verão forçaram mais de 3,5 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, anunciou hoje, sexta-feira, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A porta-voz do ACNUR, Olga Sarrado, explicou que este êxodo é mais uma prova de que "a ligação entre o deslocamento forçado e a crise climática é cada vez mais clara e crescente" numa situação de "deterioração geral" que apenas "agrava os desafios subjacentes enfrentados pelos países afectados".

"Estamos a assistir à pior seca dos últimos 40 anos no Corno de África, que está agora sob a ameaça de fome", enquanto as operações humanitárias estão "cronicamente e perigosamente subfinanciadas", disse, observando que no máximo receberam metade dos fundos solicitados para a ajuda ao Níger.

A situação tem sido especialmente alarmante na Nigéria, onde as chuvas torrenciais, as piores registadas na última década, deixaram 1,3 milhões de pessoas deslocadas e cerca de 2,8 milhões afectadas, especialmente nas regiões do nordeste do país, nomeadamente nos estados de Borno, Adamawa e Yobe.

No Chade e nos Camarões, mais de um milhão de pessoas foram afectadas, particularmente no sul do país, onde os rios Chari e Logone inundaram aldeias inteiras.

A isto, acresce o impacto na região do Sahel Central, especificamente no Níger, Mali e Burkina Faso, onde mais de um milhão de hectares de culturas foram destruídos e mais de meio milhão de pessoas (cerca de 375.000 só no Burkina) foram forçadas a fugir das suas casas.

Em países como o Chade e Burkina Faso, a percentagem de financiamento pouco ultrapassou os 40%. A ajuda recebida pela Nigéria, apesar da gravidade da situação, não atinge sequer esta percentagem (39%), de acordo com as estimativas de Sarrado.

Na África Ocidental e Central inundações graves resultaram, então, em mortalidade e migração forçada devido à perda de abrigo, terras cultivadas e gado, enquanto o clima extremo prejudica o abastecimento de água e alimentos, aumentando a insegurança alimentar e a desnutrição, que causa 1,7 milhões de mortes anuais em África.

As mudanças na ecologia dos vectores, provocadas pelas cheias e pelos danos à higiene ambiental, conduziram também a aumentos da malária, dengue, vírus do Ébola e outras doenças infecciosas em toda a África subsaariana.

No total, estima-se que a crise climática tenha destruído um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) dos países mais vulneráveis aos choques climáticos.





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