Kaduna - Homens armados raptaram 36 pessoas de duas igrejas no noroeste da Nigéria, no domingo, depois de atacarem várias aldeias no Estado de Kaduna, segundo as autoridades locais.
"Trinta e seis pessoas foram raptadas" por atacantes que invadiram a Igreja Batista Maranatha e a Igreja Católica de São Moisés, na aldeia de Rubu, disse à agência AFP o comissário de Segurança do Estado de Kaduna, Samuel Aruwan.
As autoridades também indicaram hoje que pelo menos três pessoas foram mortas no domingo, durante uma série de ataques a duas igrejas e várias cidades no Estado nigeriano de Kaduna, que tem sido abalado pela crescente insegurança nos últimos meses.
Samuel Aruwan disse que "bandidos atacaram fiéis e residentes em Ungwan Fada, Ungwan Turawa, Ungwan Makama e Rubu, em Kajuru", de acordo com o The Premium Times.
"Segundo estas informações, os bandidos invadiram as aldeias em motos, começando por Ungwan Fada e depois seguiram para Ungwan Turawa, Ungwan Makama e Rubu", disse, acrescentando que em Rubu atacaram os adoradores na Igreja Batista Maranatha e na Igreja Católica de São Moisés.
No domingo, os raptores "libertaram dois reféns, incluindo um líder comunitário", mas 34 pessoas ainda estão "nas mãos dos bandidos", acrescentou.
As autoridades disseram que homens em motos invadiram várias aldeias do governo local de Kajuru.
Segundo os residentes entrevistados pela agência France-Presse (AFP), os pistoleiros raptaram a maioria dos reféns nas duas igrejas, mas também outras pessoas nas aldeias.
Além disso, o responsável revelou que "bandidos saquearam lojas e levaram mercadorias", sem especificar que grupo estava por detrás dos incidentes.
A violência surge duas semanas após o massacre de cerca de 40 paroquianos numa igreja no sudoeste, o que chocou o país mais populoso de África numa região normalmente poupada à violência.
Os ataques na Nigéria, anteriormente centrados no nordeste do país, onde Boko Haram e os seus descendentes, o Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA), operam, espalharam-se nos últimos meses por outras áreas no norte e noroeste do país, suscitando alarmes sobre a possível expansão destas redes terroristas e criminosas, muitas das quais ganham a vida com o rapto de estudantes.