Moscovo – A Rússia está a seguir de perto a situação na Guiné, particularmente o impacto dos preços dos metais no mercado mundial e do operador Rusal.
“Estamos a seguir o que se passa na Guiné. Desejamos que a situação na Guiné retorne rapidamente à legalidade”, indicou Dmitry Peskov, porta-voz da presidência russa, a 07 de Setembro, reporta a Agência Anadolu.
“Todavia, esperamos que os interesses comerciais dos nossos empresários e das nossas empresas não serão afectados e serão garantidos”, acrescentou o dirigente russo, segundo a mesma fonte.
A Agência Tass considera que os acontecimentos da Guiné são factores sérios que podem afectar negativamente o conjunto do mercado de alumínio”.
Há 10 anos que, no London Metal Exchange, o preço do alumínio é vendido no seu nível mais alto em torno de dois mil e 770 dolares, a tonelada, ganhando 54 dólares (+2 %) a 06 de Setembro, seja, pouco depois do golpe de Estado em Conakry.
A Guiné é a segunda produtora mundial do bauxite (onde é extraído o alumínio) com 82 mil toneladas extraídas em 2020, seja mais de 20 % da produção mundial), e a Rússia é a oitava produtora com seis mil e 100 toneladas extraídas no ano passado.
A declaração do governo russo intervem algumas horas depois do grupo mineiro Rusal, colosso russo com 8,57 mil milhões de receitas, em 2020, e presente na Guiné, onde opera o complexo Friguia, que conta com uma refinaria de alumínio e realiza uma produção anual de dois mil e 100 toneladas de bauxite por ano, controla a empresa do bauxite de Kindia (três mil e 500 toneladas) e desenvolve o complexo de Dian-Dian, o maior poço de bauxite do mundo, com reservas calculadas em vários milhões de toneladas de bauxite.
Num comunicado, Rusal que controla pelo menos quatro mil empregos (directos e indirectos afirmou que a “sua primeira prioridade é a saúde e a segurança dos seus empregados e a continuação dos seus processos de produção”.
“Em de mais escalada, o grupo prevê opções para evacuar o pessoal russo, trabalhando em estreita colaboração com a Embaixada da Rússia na Guiné”, acrescenta a Rusal.