Bissau - O Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), que faz parte da coligação que governa na Guiné-Bissau, inicia sexta-feira o seu 2.º congresso, numa altura em que se assiste a uma onda de novos militantes ao partido.
"O Madem está na moda", declarou à Lusa o porta-voz do congresso, Queba Djaita.
Nos últimos dias, várias personalidades políticas guineenses, entre as quais o ex-Presidente José Mário Vaz, o filho Herson Vaz, Delfim da Silva, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e actual conselheiro político do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, aderiram ao Madem G-15.
"Tem a ver com a credibilidade que o partido ganhou ao longo dos quatro anos desde a sua fundação", observou Queba Djaita, ao explicar a entrada em massa de pessoas no Madem, fundado em 2018 por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Djaita sublinhou ainda que vários militantes de outras formações políticas têm vindo aderir ao Madem G-15.
O porta-voz do congresso, que vai decorrer entre sexta-feira e domingo, afirmou também que a "procura massiva" pelo Madem G-15 "demonstra que os guineenses acreditaram no projecto" liderado por Braima Camará.
"Mostrámos que podemos dizer sim quando é para dizer sim, quando é para se posicionar contra o Madem não tem problema em fazê-lo. Mas também o bom desempenho dos membros de elementos do Madem que estão no actual Governo tem contribuído para esta fama do nosso partido", observou Queba Djaita.
Quanto às candidaturas para o congresso, que vai decorrer na localidade de Gardete, arredores de Bissau, o porta-voz da reunião disse que "por enquanto" apenas Braima Camará se posicionou para a sua reeleição.
O militante Adilson da Costa manifestou intenção de se apresentar como candidato, mas fontes do partido disseram à Lusa que este acabou por desistir.
O congresso, cujo lema é: "Consolidar o partido, promover a unidade nacional e desenvolver a Guiné-Bissau", juntará 2.515 delegados.