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Grupos de direitos humanos acusam Zimbabwe de práticas homofóbicas

     África              
  • Luanda • Sexta, 16 Fevereiro de 2024 | 19h55

Harare - Grupos de defesa dos direitos humanos declararam hoje que a intenção do Governo do Zimbabwe em bloquear uma bolsa de estudos universitária para jovens LGBTQ+ é uma perpetuação das práticas homofóbicas do país africano.

A bolsa de estudos universitária estatal para pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos é patrocinada pela GALZ, uma organização para pessoas LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer) no Zimbabwe.

A entidade começou a oferecer a bolsa em 2018, mas um recente anúncio 'online' da mesma a apelar a candidaturas teve uma resposta do vice-presidente do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, um autoproclamado católico devoto e antigo comandante do exército.

Numa declaração, quinta-feira à noite, Chiwenga afirmou que a bolsa de estudos era "um desafio directo" à autoridade do Governo.

"As nossas escolas e instituições de ensino superior não receberão candidatos e muito menos inscreverão pessoas associadas a valores estranhos, anti-vida, não-africanos e não-cristãos que estão a ser promovidos e cultivados por sociedades decadentes, com as quais não partilhamos afinidades morais ou culturais", afirmou.

A GALZ afirmou anteriormente que a bolsa de estudos visa proporcionar igualdade de acesso às universidades públicas às pessoas LGBTQ+, que são frequentemente ostracizadas pelas suas famílias e têm dificuldade em pagar o ensino superior.

A organização não comentou a declaração do vice-presidente.

No entanto, uma coligação de grupos de defesa dos direitos humanos, a que o GALZ pertence, afirmou que a declaração demonstra que as minorias sexuais e de género estão em perigo no Zimbabué.

"Estamos extremamente preocupados com a declaração do segundo cargo mais alto do país porque demonstra intolerância, especialmente tendo em conta que o anúncio [online da GALZ] abre aos jovens tantas oportunidades", disse hoje o coordenador dos programas do Fórum das organizações não-governamentais de Direitos Humanos do Zimbabwe, Wilbert Mandinde.

O Zimbabwe, que faz fronteira com Moçambique, tem leis que criminalizam a actividade homossexual. O sexo entre homens pode ser condenado a um ano de prisão e a Constituição do país proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. AM

 

 





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