Maputo - O governo moçambicano decretou hoje três dias de luto nacional, a partir das 00h00 desta quarta-feira até as 24 horas de sábado em homenagem ao primeiro Presidente da Namíbia independente, Sam Nujoma, falecido no passado sábado aos 95 anos.
O facto foi avançado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, que falava no habitual briefing à imprensa, minutos após o fim da 4ª sessão ordinária daquele órgão de soberania, segundo a agência de informação de Moçambique.
Impissa, que também é ministro da Administração Estatal e Função Pública, explicou que, durante o período de luto nacional, a bandeira nacional e o pavilhão presidencial vão ser içados à meia-haste em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares de Moçambique no estrangeiro.
Nujoma faleceu na capital Windhoek, vítima de doença.
Fundador da Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO, sigla em inglês) a 19 de Abril de 1960, Nujoma liderou a longa luta pela independência da Namíbia pela África do Sul, conquistada em 1990.
Em 1990, a SWAPO tornou-se um partido dominante do sistema político namibiano, posição mantida até os dias actuais.
Nujoma, que governou o país de 1990 a 2005, esteve hospitalizado nas últimas três semanas, com uma doença da qual “não conseguiu recuperar”, disse na altura o actual Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, num comunicado anunciando a morte com “extrema tristeza e pesar”.
Nujoma aposentou-se como Chefe de Estado em 2005, mas continuou a liderar a SWAPO antes de deixar o cargo em 2007, como presidente do partido no poder, após 47 anos no comando. DSC/AM