Kinshasa O governador de Kinshasa, Daniel Bumba, proibiu a partir de hoje, 29, todas as manifestações públicas para preservar a ordem e evitar a propagação de actos violentos na capital da República Democrática do Congo (RDC).
Na véspera, a população saiu às ruas da principal cidade do país para manifestar a sua solidariedade às vítimas da guerra e em protesto contra a agressão do Movimento 23 de Março (M23) e do Rwanda na região leste, mas ao mesmo tempo ocorreram saques e outros actos de vandalismo.
Alguns manifestantes bloquearam estradas, queimaram pneus e realizaram ataques direccionados contra algumas embaixadas acreditadas na RDC, incluindo as dos Estados Unidos, França, Quénia, Uganda, África do Sul e Rwanda.
Bumba saudou a mobilização do povo de Kinshasa em apoio às Forças Armadas, mas deplorou os actos violentos.
O porta-voz do Governo, Patrick Muyaya, condenou esta terça-feira as acções contra as embaixadas e outras infra-estruturas em Kinshasa durante uma mensagem transmitida pela rede nacional de televisão RTNC, onde sublinhou que a população tem o direito de expressar a sua raiva, mas deve fazê-lo pacificamente.
“A Polícia Nacional restaurou a ordem e reforçou a segurança em todas as embaixadas”, disse o porta-voz, que apelou a todos para estarem vigilantes contra a “estratégia de infiltração do inimigo que leva a actos intoleráveis durante a expressão da raiva das populações congolesas”. JM