Maputo - O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, reempossado no cargo esta semana, assegurou hoje em Pemba, como prioridade a "eliminação total" do terrorismo que assola aquela província no norte de Moçambique desde 2017, noticia o site Notícias ao Minuto.
"Depois de cinco anos de intenso trabalho colectivo, virado para confortar e prestar assistência humanitária às famílias afectadas pelo terrorismo e pelos efeitos das mudanças climáticas que causam ciclones, sem descurar acções para o desenvolvimento desta província, assumimos mais uma vez enfrentar esses desafios até a sua eliminação total, para acelerar o processo de desenvolvimento e garantir o bem-estar da população" disse Valige Tauabo.
O governador falava na sua apresentação pública, na capital provincial, Pemba, perante centenas de pessoas, depois de ter sido reempossado no cargo que já ocupava no mandato anterior na segunda-feira, pelo Presidente da República, Daniel Chapo, na sequência das eleições de Outubro passado.
O dirigente, eleito pela lista da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e que elegeu todos os governadores de província nestas eleições, assumiu igualmente o desafio de cumprir com o programa do Conselho Executivo Provincial, durante o quinquénio 2025-2029.
Destacou as áreas da educação, prevenção e combate das doenças endémicas, preservação da cultura, defesa da soberania e consolidação da paz e da unidade nacional, entre outras.
A apresentação pública de Valige Tauabo como governador de Cabo Delgado para o segundo mandato, foi dirigida pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, em representação do Presidente moçambicano, Daniel Chapo.
Desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de Maio do ano passado, na sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares rwandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes. MOY/AM