Cidade do Cabo (Da correspondente) - O Chefe de Estado Sul-Africano, Cyril Ramaphosa, disse nesta terça-feira que a Presidência do G20 representa um marco importante, pelo facto do grupo ter um papel crucial na formulação de políticas globais e na promoção da estabilidade económica mundial.
Cyril Ramaphosa, que discursava por ocasião do lançamento oficial da liderança do bloco das maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento no mundo, avançou que o G20 foi criado para fazer frente à questões económicas e financeiras globais urgentes.
O Estadista sublinhou que as decisões tomadas pelo G20 têm um impacto directo na vida de todos os membros da comunidade global.
"O Bloco possui uma vasta agenda que agora inclui o desenvolvimento sustentável do comércio, saúde, agricultura, energia, ambiente, as alterações climáticas e a luta contra a corrupção", enfatizou.
A Presidência da África do Sul do G20 surge numa altura em que o mundo enfrenta graves desafios, ao mesmo tempo que se debate com a crise das alterações climáticas que se estão a agravar.
"Em todo o mundo milhares de milhões de pessoas são afectadas pelo sub-desenvolvimento, pela desigualdade, pela pobreza, pela fome e pelo desemprego. As perspectivas para o crescimento económico mundial permanecem moderadas e muitas economias carregam o fardo de níveis insustentáveis de dívida".
A instabilidade geopolítica, os conflitos e a guerra estão a causar ainda mais dificuldades e sofrimento; tudo isto acontece num momento de grandes mudanças tecnológicas que apresentam oportunidades e riscos, enfatizou.
O Presidente Ramaphosa lembrou que "embora os desafios que enfrentamos sejam comuns, as suas causas e consequências estão distribuídas de forma desigual entre os países".
Avançou que o trabalho em conjunto com os membros do G20 irá permitir construir parcerias em toda a sociedade e que, a África do Sul procurará aproveitar a vontade e as capacidades globais para responder a estes desafios.
O Chefe de Estado recordou que "todos procuram atingir um crescimento económico mais rápido, inclusivo e económico, pois almeja-se um mundo mais justo e igualitário, em que a pobreza e a fome sejam erradicadas".
“É imperioso que se continue a evitar os piores efeitos das alterações climáticas e preservar o nosso planeta para as gerações futuras”, disse.RB/CS