Fundo para Paz da União Africana requer transparência

     África           
  • Luanda • Sexta, 19 Julho de 2024 | 15h21
Presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat
Presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat
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Luanda - A sustentabilidade do Fundo para a Paz da União Africana dependerá da qualidade da sua governação, de uma política de investimento prudente e eficaz e, mais importante ainda, de uma política de transparência, destinada a encorajar respostas favoráveis ​​aos apelos feitos aos vários contribuintes.

A afirmação foi feita pelo Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, durante a abertura na 45ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo, que encerra esta sexta-feira, em Accra, capital do Ghana.

O diplomata fez saber que foi recentemente lançada uma campanha para contribuições voluntárias para o Fundo para a Paz, cujo simbolismo testemunha a importância da questão da segurança do continente e indica eloquentemente que a paz merece os sacrifícios de todos.

Na mesma linha, acrescentou, recordar que durante o lançamento da Segunda Década da Agenda 2063, decidiu-se criar um Fundo para apoiar a implementação da referida década, que exige especial atenção e medidas concretas para romper com o terrível paradoxo de multiplicar a criação de entidades sem medidas substanciais de implementação.

“Obviamente a gestão de todos estes esforços depende de uma série de questões, no topo das quais está a das auditorias internas e externas. É necessária uma consideração mais rigorosa, aqui, para que as inadequações destacadas nos Relatórios de Auditoria sejam melhor abordadas e sejam fornecidas respostas adequadas”, disse.

Segundo Moussa Faki Mahamat, no que diz respeito à participação da UA no G20, vale a pena mencionar que o projecto de texto da Política do G20, destacando as prioridades da UA e o seu imenso potencial de contribuição, já está disponível.

O Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Africano de Exportações e Importações, Afreximbank, manifestaram a sua disponibilidade para apoiar o financiamento da acção dos representantes da União nas reuniões do G20, revelou.

“Isto, obviamente, não deve, de forma alguma, isentar a nossa organização de assumir as suas próprias responsabilidades neste exercício geral de mobilização de recursos financeiros e humanos. A credibilidade e a eficácia da nossa Organização estão em jogo”, chamou atenção.

O Tema da UA para o ano de 2025 é “Justiça para os africanos e as pessoas de ascendência africana através de reparações”.

O problema das reparações devidas aos africanos, do continente e da diáspora, não é novo. É consubstancial com a OUA que sempre o levantou, referiu, , consistindo em desenvolver um programa político e avaliar o problema das reparações desde o seu ângulo principal, o dos danos causados ​​a África através do comércio transatlântico de escravos, da escravatura, do colonialismo e do neocolonialismo.

De acordo com o diplomata de nacionalidade tchadiana, este tema, cuja relevância e actualidade são inquestionáveis, é uma continuação da Conferência Internacional realizada também no Ghana, no ano passado, em 2023, sobre o tema “Construindo uma Frente Unida para Promover a Causa da Justiça e o Pagamento de Reparações a Africanos”.

Por outro lado, quanto à Agência Humanitária Africana (AHA), destacou que as acções para a sua operacionalização centraram-se proposta de adopção da sua estrutura submetida à sua consideração e aprovação. Foi determinada a necessidade inicial de pessoal a recrutar, acompanhada de uma estimativa do custo global necessário para o lançamento efectivo das suas actividades, cujo destacamento total se estende por cinco anos.

“Gostaria de fazer um forte apelo aos Estados-Membros e a todos os parceiros para que honrem os compromissos de contribuição que assumiram solenemente. A criação desta agência aumentará a eficácia do nosso mecanismo de ajuda humanitária. Agradeço a  República da África do Sul pela sua contribuição voluntária à UA para ajudá-la a lidar melhor com as muitas emergências humanitárias que enfrenta”, observou.

Não deixou de mencionar o estado dos preparativos para a participação de África na Cimeira do Futuro das Nações Unidas, marcada para Setembro deste ano, em Nova Iorque sob o tema “Governar a Inteligência Artificial em benefício da humanidade”.

“Vocês sabem tanto quanto eu, se não mais, quão sensível é esta dimensão, no que diz respeito às nossas próprias culturas, crenças e valores. Num espírito de vigilância crítica, a União Africana elaborou dois documentos importantes, nomeadamente o Pacto Digital Africano e a Estratégia Continental para a Inteligência Artificial.

Noutra vertente considerou importante que os Estados-Membros promovam actividades desportivas no continente pelo papel que o desporto desempenha na união das nações e dos povos. Apelou para o aumento dos investimentos políticos, financeiros e educacionais em actividades desportivas, como alavanca quase mágica para o desenvolvimento dos jovens e a influência das Nações.

Aproveitou a oportunidade para desejar sucesso aos desportistas africanos nos Jogos Olímpicos que se realizam este mês em Paris. ADR

 





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