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França tenta abrir portas na África Ocidental a partir da Guiné-Bissau

     África              
  • Luanda • Sábado, 23 Julho de 2022 | 13h40
Presidente de França, Emmanuel Macron (arquivo)
Presidente de França, Emmanuel Macron (arquivo)
Lino Guimarães

Paris - O analista guineense Armando Lona considerou que a visita do Presidente francês, Emanuel Macron, na próxima quinta-feira a Bissau deve ser entendida como uma tentativa de a França abrir novas portas na África Ocidental a partir da Guiné-Bissau.

Para o analista de assuntos políticos na rádio privada Bombolom FM de Bissau, a França sentiu que está a perder terreno em vários países da Costa Ocidental africana e decidiu jogar as cartas também a partir da Guiné-Bissau.

"Por não ter uma porta aberta no Mali, por não ter uma janela na Guiné, por não ter uma janela no Senegal, a França tem de abrir um novo caminho.

Está a tentar fazê-lo utilizando todas as cartas para continuar presente nesta parte de África", defendeu Armando Lona.

A visita de Mácron acontece num momento particular para aqueles países e também, observou Lona, para a própria Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO), presidida, de forma rotativa, durante os próximos doze meses, pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

"A CEDEAO está a atravessar um momento critico da sua história com revoltas militares em vários países, nomeadamente no Mali, na República da Guiné, recentemente no Burkina Faso, paralelamente a essa situação militar há uma outra situação mais preocupante que é o terrorismo na zona", notou Lona.

Todas estas situações preocupam a França, mas o caso do Mali, referiu o analista guineense, constitui a principal dor de cabeça para o palácio do Eliseu, ao ponto de mandar retirar o continente militar que tinha estacionado naquele país, por incompatibilidades com a Junta Militar no poder em Bamako.

"Também há uma outra dimensão, para além das duas situações que citei, que é a geopolítica decorrente da presença de um outro ator maior na República do Mali que é a Rússia, que está a substituir o espaço que a França tinha até aqui", destacou Armando Lona.

Assiste-se a um reposicionamento da França nesta zona da África, observou o analista guineense, que fala num processo complexo em que a Guiné-Bissau acaba por entrar, sem ser "um ator muito importante", disse.

Armando Lona é da opinião de que a Guiné-Bissau só dirige a CEDEAO por força de 'lobbies' do Senegal, da Côte d'Ivoire e da Nigéria.

"O Presidente do Senegal, que está a dirigir a União Africana, não poderia, paralelamente, também dirigir a CEDEAO e contribuiu, através de corredores, para que a Guiné-Bissau pudesse dirigir a CEDEAO, sabemos também que a Côte d'Ivoire, que recentemente abriu um corredor aéreo para Bissau, através dos voos da Air Côte d'Ivoire que passa agora a operar, isto constitui um sinal daquilo que é a relação agora entre o regime de Bissau, Senegal, Côte d'Ivoire, mas também a Nigéria, embora o Presidente (da Nigéria) esteja quase a terminar o seu mandato", defendeu Armando Lona.

O analista político guineense afirmou que a Guiné-Bissau foi apanhada no meio de uma disputa geopolítica regional, situação que soube capitalizar promovendo a visita histórica de um chefe de Estado francês ao país.

O Presidente francês visitará os Camarões, Benim e a Guiné-Bissau entre segunda-feira e quinta-feira, anunciou a Presidência francesa.

Esta viagem é a primeira deslocação de Macron a África desde a sua reeleição, em Abril.

A crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, a produção agrícola e as questões de segurança estarão no centro desta viagem, adiantou a Presidência francesa.





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