Exportações de manufacturas diminuem à medida que a receita cai 166% na Nigéria

     África           
  • Luanda     Segunda, 13 Maio De 2024    12h18  
Bandeira da Nigéria
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Divulgação

Abuja - A busca da Nigéria por receitas diversificadas em divisas não petrolíferas, não é viável neste momento, visto que as receitas do sector de exportação da indústria transformadora caíram 166 por cento, para 778,4 mil milhões de nairas, em relação aos 2,1 biliões alcançados em 2019 (1 dólar equivale a 1300 nairas).

Segundo um artigo do site Vanguard, os operadores do sector culparam o mau estado das infra-estruturas, da logística e de outras restrições vinculativas que, segundo eles, pioraram o ambiente operacional nos últimos anos.

A tendência desde 2019 tem sido descendente, registando um declínio significativo para N960,7 mil milhões atribuído à COVID-19 em 2020, enquanto uma pequena recuperação foi registada em 2021 em N1,15 biliões. Mas em 2022 foi registada uma enorme queda para N781,1 mil milhões e outra queda significativa para N778,4 mil milhões foi registada em 2023.

 

No mesmo período, a percentagem das exportações da indústria transformadora nas exportações não petrolíferas também caiu para 24,8 por cento em 2023, face a 82,4 por cento em 2019.

Na sua publicação Africa Pulse, o Banco Mundial atribuiu especificamente a culpa pela diminuição do comércio externo do país às infra-estruturas deficientes e à logística ineficiente, entre outros factores.

De acordo com o Banco Mundial, o custo do comércio na Nigéria e na Etiópia é quatro a cinco vezes superior ao que existe nos Estados Unidos devido à insegurança, aos custos de transporte mais elevados, à topografia e às más infra-estruturas rodoviárias.

“Os estudos da região de África constatam consistentemente diferenças espaciais nos preços dos bens importados (alimentares e não alimentares), bem como dos produtos agrícolas básicos não comercializados, indicando que os mercados não estão bem integrados e que os preços de retalho dos produtos são afectados pela distância.

“Por exemplo, os custos comerciais são quatro a cinco vezes mais elevados na Etiópia e na Nigéria do que nos Estados Unidos, devido à má infra-estrutura rodoviária, à baixa concorrência no sector dos transportes e à topografia”, afirmou.

O relatório observou ainda que as consequências destas distorções incluem a preferência dos produtores africanos em vender localmente em vez de exportar.

Na mesma linha, as estatísticas fornecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) revelaram que o valor das exportações de produtos industriais da África do Sul foi de 46 mil milhões de dólares em 2022, o que é 15 vezes superior ao da Nigéria, que foi de 3 mil milhões de dólares no mesmo ano.

Os fabricantes e operadores do ecossistema de exportação lamentaram que o difícil ambiente de negócios no país esteja a tornar os produtos locais pouco competitivos a nível mundial.

Observaram que muitas empresas que se dedicam à exportação foram extintas, apesar de várias multinacionais também terem saído da Nigéria nos últimos anos. ADR





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